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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Pesquisadores conseguem ler mentes a partir de mapas do cérebro

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 8 set 2011, 20h44

Você já imaginou como seria se desse para descobrir no que você está pensando só pela análise de imagens de ressonância magnética do seu cérebro? Se isso lhe parece assustador, então respire fundo. Cientistas do Instituto de Neurociência de Princeton já conseguiram esse feito – sim, isso significa que eles já podem, quase literalmente, ler pensamentos.

A ideia básica é que tudo o que estiver na nossa mente, incluindo ideias, conceitos, emoções ou planos, se reflete no padrão de atividade do nosso cérebro. Assim, analisar o comportamento cerebral de alguém que esteja pensando em determinado assunto e mapear as áreas ativadas permitiria descobrir qual é esse assunto.

Os pesquisadores trabalharam em cima de imagens de ressonância magnética feitos com nove pessoas toda vez que olhavam para a imagem e a descrição da Wikipedia de 60 objetos, divididos em 12 categorias. A ideia era descobrir quais eram os padrões de atividade cerebral para cada uma dessas categorias. Por exemplo, pensamentos sobre “olho” e “pé” produziam conexões neurais semelhantes a outras palavras relacionadas a partes do corpo.

Segundo o líder do estudo, Francisco Pereira, o nosso cérebro tende naturalmente ao devaneio, com vários processos ocorrendo ao mesmo tempo e indo parar em conceitos bem distantes do original. Tipo o que acontece na seção “Conexões” da SUPER – começamos pensando em Salomão e vamos parar no salaminho.  “Nós acreditamos que, se quisermos entender o que está na mente de uma pessoa quando ela pensa em algo de concreto, podemos seguir essas palavras”, explicou Pereira.

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Tendo traçado um mapa da atividade cerebral relacionada a determinada categoria, os pesquisadores conseguiram traduzi-lo em palavras e descobrir, só com base nele, os assuntos em que os voluntários estavam pensando. Houve limitações: deu para identificar a categoria, mas não o objeto específico que estava em jogo. Por exemplo, dava para saber quando um participante estava pensando em algo do grupo “vegetal”, mas não foi possível descobrir qual.


Imagem ilustra a probabilidade de certas palavras dentro de um artigo da Wikipedia estarem  realmente associadas, em nossa atividade cerebral, ao objeto que descrevem. Quanto mais vermelha, mais provável é que a palavra seja associada, no caso, a “vaca”. Por outro lado, azul brilhante sugere uma forte correlação com a “cenoura”. Preto e cinza indicam palavras neutras que não tiveram nenhuma associação específica. Crédito: Francisco Pereira / Universidade de Princeton

Ainda assim, os resultados foram impressionantes. A técnica permite saber mais sobre a maneira como as ideias são representadas em nível neural e de que maneira se relacionam entre si. “E podemos pensar em fazer isso com qualquer conteúdo mental que possa ser verbalizado – não só objetos, mas também com pessoas, ações, conceitos abstratos e relacionamentos. Este estudo é um primeiro passo para esse objetivo mais geral”, disse ao site da Universidade de Princeton o professor Matthew Botvinick, que participou da pesquisa. E ele se anima ainda mais em pensar que, em longo prazo, poderá ser possível ajudar pessoas que têm dificuldade para se comunicar traduzindo a sua atividade cerebral em palavras.

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