Esta erupção solar é 35 vezes maior que o planeta Terra…
...e outros 4 números incríveis sobre o Sol
10 vezes o diâmetro da Terra
Essa é a altura média de um solar flare, os imensos arcos de gás ionizado (vulgo plasma) que emergem da superfície do Sol por causa de fenômenos magnéticos. É claro que há erupções maiores e menores do que isso – mas o que interessa é que elas são sempre várias vezes maiores que o nosso planeta. O flare aí em cima – ilustrado com base em uma erupção real registrada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em 1999 – tinha 35 vezes o diâmetro da Terra.
670 milhões de toneladas
É a quantidade de hidrogênio que é transformada em hélio no núcleo do Sol por segundo. Isso é suficiente para liberar, também por segundo, 4 · 1026 joules de energia. 26000000000000 vezes mais que a bomba atômica de Hiroshima. Quem quiser entender a conta – adianto que precisa ser muito fã de química – pode dar uma olhada nesta página.
1,5 milhão de anos
Esse é o tempo em que um fóton – uma partícula de luz – produzida no núcleo do Sol demora para chegar à sua superfície e finalmente ser liberado no espaço. Em outras palavras, os raios que te bronzeiam na praia são mais antigos que o Homo sapiens. Quando a energia deles foi produzida pela fusão de átomos de hidrogênio, preguiças-gigantes e mamutes ainda andavam por aí.
Não é brincadeira descobrir esse dado, é claro. A estimativa acima foi apresentada nas aulas que faço no departamento de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, o IAG. Um cálculo similar feito pela Nasa afirma que são 4 mil anos. O que é muito menos, embora ainda seja antes do Império Romano. Essa distância enorme entre as duas estimativas reflete a nossa dificuldade em cravar quais são as condições físicas exatas no interior do astro.
“A maior parte dos astrônomos não se interessa por esse número e desistiu de determiná-lo com precisão porque ele não faz diferença na hora de analisar quase nenhum fenômeno”, explica o site da agência espacial americana. “A moral da história é que a luz demora muito tempo para sair do interior do Sol”.
11 anos
É o tempo que o Sol demora para inverter suas polaridades – ou seja, para o polo norte passar a ser o polo sul, e vice-versa. A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2013, então temos um tempinho pela frente até o fenômeno se repetir. Não confie na bússola.
2,2 kg
É o quanto pesaria um pedaço do núcleo do Sol do tamanho de uma caixa de fósforo. Pode não parecer muito, mas é bom lembrar que o núcleo do Sol não é do tamanho de uma caixa de fósforo. Estamos falando de uma bola de 347 mil quilômetros de diâmetro – quase 30 vezes maior que o nosso planeta – cozinhando a 15 milhões de graus Celsius. É melhor limitar seus destinos de férias ao nosso planeta.