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11 mulheres inspiradoras da indústria do cinema

Por Maria Cecília Costa
Atualizado em 4 jul 2018, 20h35 - Publicado em 19 dez 2017, 16h22

Quantas diretoras de cinema você conhece? Conta-se nos dedos os nomes de mulheres cujas obras chegam ao grande público da sétima arte. A violência de gênero no cinema não está só nos inúmeros casos de abusos cometidos por figurões da indústria. Assim como na maioria dos espaços sociais, a indústria cinematográfica também é um reflexo da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.

“A dita indústria se construiu a partir das relações de poder que replicam estruturas mais gerais da sociedade. Quando Hollywood se consolidou, por exemplo, mulheres e outras minorias trabalhando na parte técnica e artística foram para escanteio, com os homens dominando os processos de produção”, afirma Susy Freitas, professora e crítica de cinema do site Cine Set e membro do coletivo Elviras (Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema) e da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

A importância de se discutir o papel feminino no cinema, segundo Susy, é “visibilizar artistas e profissionais que acabam não conseguindo o mesmo espaço que seus pares por uma questão de gênero e também pela forma como as pessoas que se identificam com esse gênero passam a ser representadas”. Com algumas indicações de Susy, listamos alguns nomes femininos importantes para a consolidação da sétima arte e sua indústria.

1) Alice Guy-Blaché

(Divulgação/Divulgação)

A francesa é, hoje, tida como a mãe do cinema. “[Alice Guy-Blaché] inventou o conceito de cinema narrativo paralelamente a Georges Méliès”, afirma Freitas. Durante o início da era do cinema, Alice dirigiu, escreveu, produziu e comandou estúdios, mas caiu no esquecimento por décadas até ser redescoberta.

2) Dorothy Arzner

(Divulgação/Divulgação)

No início do cinema norte-americano, mulheres eram comuns nas mais diversas funções, e Dorothy Azner era uma das que transitavam entre atuação, direção, montagem e produção. Azner foi a primeira mulher a entrar para o Directors Guild of America, em 1939, e a dirigir um filme falado. Seus trabalhos foram alguns dos primeiros a abordar a homossexualidade e, por isso, foi bastante atingida pelo Código Hays, uma série de medidas que proibia temas polêmicos do cinema nos anos 30.

3) Ida Lupino

(Divulgação/Divulgação)

Examinando o próprio mercado atual, é possível enxergar em quais áreas de produção mulheres têm mais chances de conseguir espaço. Segundo Freitas, Ida Lupino resistiu às mudanças da indústria pós-anos 20, que limitavam a presença feminina aos departamentos de arte, figurino, direção de arte ou atuação.

4) Germaine Dulac

(Divulgação/Divulgação)

Para Susy, Dulac “trouxe contribuições importantes para a consolidação da possibilidade de entender o cinema como arte”, principalmente por filmes como A Concha e o Clérigo (1928), marco inicial do movimento surrealista no cinema. O movimento, no entanto, daria mais fama ao nome do diretor Luís Buñuel.

5) Hattie McDaniel

(Divulgação/Divulgação)

Se mulheres no cinema já são uma raridade, mulheres negras demoraram ainda mais para ter seus talentos reconhecidos pela indústria. Filha de escravos, Hattie McDaniel foi a primeira atriz negra a ganhar um Oscar, de Melhor Atriz Coadjuvante, por “…E O Vento Levou” (1940). Mesmo assim, por pouco não foi barrada: o hotel que sediava a cerimônia e proibia a entrada de negros só permitiu que McDaniel ficasse após pedidos do produtor do filme.

6) Fernanda Montenegro

(Divulgação/Divulgação)

Primeira latino-americana a receber uma indicação para um Oscar de atuação por seu trabalho em Central do Brasil (1998), Fernanda Montenegro é também a única atriz indicada por um filme em língua portuguesa. Além do cinema, Fernanda também já foi vencedora do Emmy Internacional. Sua perda do Oscar é uma das grandes polêmicas da premiação.

7) Kathleen Kennedy

(Divulgação/Wikimedia Commons)

“Provavelmente a produtora mais poderosa do cinema atual”, afirma Susy Freitas. Kennedy é fundadora da The Kennedy/Marshall Company e, atualmente, preside a Lucasfilm após a venda da companhia para a Disney. Ao longo de sua carreira, produziu filmes como E.T – O Extraterrestre (1982), A Cor Púrpura (1985), A Lista de Schindler (1993), Persépolis (2007), O Curioso Caso de Benjamin Button (2008) e os novos filmes das franquias Star Wars e Indiana Jones.

8) Geena Davis

(Divulgação/Wikimedia Commons)

A atriz, famosa por Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem e ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por O Turista Acidental, ambos de 1988, é uma das maiores ativistas pela representação de gênero na indústria. Em 2003, fundou o Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia, que apoia pesquisas para eliminar as diferenças de representação de gênero nas mídias, focando na educação por meio da representatividade.

9) Kathryn Bigelow

(Divulgação/Wikimedia Commons)

Essa talvez seja uma daquelas coisas que nos perguntamos: como pode não ter acontecido antes? Mas Kathryn Bigelow foi a primeira – e, até agora, única – mulher a ganhar o prêmio de Melhor Direção por seu filme Guerra ao Terror (2009), na 82ª entrega do Oscar. Pois é. 82 anos para que uma única mulher ganhasse o prêmio. Quantas foram indicadas ao longo da história? Quatro.

10) Sofia Coppola

(Divulgação/Wikimedia Commons)

Terceira geração de uma família intimamente ligada ao cinema, Sofia é uma das quatro mulheres indicadas ao Oscar de Melhor Direção por seu filme Encontros e Desencontros (2004). Muito conhecida pela delicadeza que emprega em suas obras, em 2017, Sofia venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes – talvez o mais influente do mundo – com seu filme “O Estranho que Nós Amamos”.

11) Ashley Judd e todas as que passaram por assédio

(Divulgação/Wikimedia Commons)

A explosão de denúncias de assédio sexual que tomou a internet nos últimos meses teve início com uma reportagem do jornal The New York Times, cuja personagem mais conhecida era a atriz Ashley Judd, que denunciava, junto com outras mulheres, o até então todo-poderoso de Hollywood, Harvey Weinstein.

Com o passar dos dias, dezenas de mulheres denunciaram o produtor, e vítimas de outros assediadores também tomaram coragem para contar suas histórias. “Com as iniciativas de resistência atuais e a lenta conscientização social de que relações de poder não precisam e nem devem ser baseadas em abuso, acredito que será até economicamente mais viável que a indústria reprima atitudes como a de Harvey Weinstein”, afirma Freitas, que completa: “e tudo começou com mulheres denunciando a situação, então sim, elas estão mudando esse cenário”.

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