Quer trabalhar melhor? Não ouse, portanto, deixar a procrastinação de lado. Passar um tempinho lendo os posts aqui do Ciência Maluca ou perdido no Facebook só vai te fazer bem.
É o que diz uma pesquisa da Universidade Nacional de Singapura. Segundo ela, navegar na internet tem uma função restauradora importante. E ainda revigora a pessoa mentalmente após longos períodos de trabalho, o efeito é ainda mais poderoso do que conversar pessoalmente com alguém.
Mas não dá para exagerar em tudo também. Trocas constantes de e-mail (ou mensagens no WhatsApp) devem ser evitadas. “A necessidade de responder prejudica o engajamento psicológico da pessoa, afetando sua concentração”, dizem.
Uma boa dica sobre como usar seu tempo de procrastinação é apostar em imagens fofas de bichos. Psicólogos da Universidade da Virginia resolveram testar se a emoção causada pela “exposição à fofura” tem algum efeito sobre o nosso comportamento. Em dois experimentos (com participantes de ambos os sexos), voluntários que viram fotos de cães e gatos filhotes tiveram um desempenho bem melhor no jogo Operação (aquele em que você vai removendo órgãos do boneco com uma pinça) do que os que viram fotos de bichos já crescidos. Os pesquisadores dizem que a exposição à fofura nos faz agir, inconscientemente, com mais “cuidado” e “gentileza”, o que, além de melhorar a coordenação motora, resulta num trabalho mais bem feito.
Mas boa mesmo é a sugestão de outros pesquisadores americanos: uma soneca durante o expediente. Segundo eles, o cochilo deixa os funcionários mais produtivos e menos impulsivos.
Para chegar ao veredicto, eles contaram com a ajuda de 40 voluntários. Todos tiveram três noites bem dormidas antes de chegar ao laboratório. Lá, eles tiveram de responder a questões sobre humor, sono e impulsividade e participar de alguns testes de raciocínio.
Após completar a tarefa, metade deles se deu bem: pode passar uma horinha dormindo. Outros não, tiveram de assistir a um vídeo de 60 minutos. Em seguida, todos completaram novas provas de raciocínio. A turma da soneca persistiu muito mais na tentativa de concluir as tarefas – e apresentou comportamentos bem menos impulsivos. O outro pessoal não queria muito se frustrar, então desistia logo da missão.
Belas dicas, não? Só falta convencer seu chefe.