Mulheres sofrem mais com fim de namoro, mas se recuperam antes que eles
Sofrem mais, é verdade. Mas há um lado positivo na dor feminina: elas se recuperam de verdade quando a tristeza passa. Já os homens digerem o fim do namoro mais lentamente (pode durar alguns longos meses) e adotam comportamentos menos saudáveis para distrair a cabeça.
Craig Morris, pesquisador da Universidade Binghamton, nos Estados Unidos, e sua equipe pediram a mais de 5 mil pessoas, de 96 países diferentes, para classificar a dor física e emocional que sentiram após o fim de relacionamentos sérios. Numa escala de 0 (nenhuma) a 10 (muito, muito doloroso), os homens mostraram mais sangue frio. Em média, elas sofriam um pouco mais do que eles: ficavam mais ansiosas e cheias de medo.
Segundo Morris, há uma explicação evolutiva para esse sofrimento maior no coração das mulheres. É aquela velha história: mulheres podem engravidar e por isso escolhem com mais cuidado os parceiros. Aí a perda parece maior (mesmo se tiver sido dela o ponto final na história do casal). “É esse ‘risco’ de um investimento biológico maior que, na linha do tempo da evolução, tornou as mulheres mais minuciosas nessas escolhas. Por isso, a perda dói mais para elas”, conta o pesquisador.
Mas uma hora a ficha caía para elas: “bem, acabou, é hora de superar e seguir em frente”. E voltam aos poucos a viver bem. Até chegar esse momento, as mulheres apostam no suporte social dos amigos – e com a ajuda deles a recuperação acontece mais rapidamente. Já os homens adotam medidas mais autodestrutivas. “Isso pode durar por meses ou anos. É a fase do Tinder excessivo. Depois eles seguem em frente, geralmente graças a outro relacionamento”, diz Morris.
Pois é, no fim das contas, fim de namoro é terrível para os dois lados. Dói de verdade. Mas passa. Ainda bem.