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4 duplas de animais que você não vai acreditar que são parentes

Não parece, mas hipopótamos e golfinhos são parentes (muito) próximos. Não são só eles: conheça outros primos que se revelam nos genes, e não nas aparências

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 jan 2018, 19h19 - Publicado em 24 jan 2018, 19h18
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  • Golfinhos e hipopótamos

    O golfinho é quase um Rodrigo Hilbert dos mares: é bonito, inteligente e cheio de talentos, como caçar o almoço usando ecolocalização ou reconhecer a si próprio no espelho mais rápido que o ser humano. Já o hipopótamo, bem… ele é um talentoso (e desajeitado) comedor de melancias: põe uma inteira na boca.

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    Desse jeito fica difícil de acreditar que um está para o outro mais ou menos como o chimpanzé está para o ser humano. Há algo entre 60 e 50 milhões de anos, nenhum deles existia. Havia apenas a espécie que se ramificou e deu origem a ambos, a primeira representante de um clado chamado Whippomorpha (um trocadilho entre hippo e whale, que é “baleia” em inglês).

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    De maneira simplificada, parte dessa população se deu melhor em terra firme – água, só de rio ou lago – e deu origem à família Anthracotheriidae. Esses animais são como versões mais magras e ágeis dos hipopótamos atuais, e são seus antepassados. Outra parte – a família Archaeoceti – começou a percorrer um caminho evolutivo inédito para os mamíferos, e se mudou de vez para o mar aberto. Isso provavelmente aconteceu nas águas rasas que um dia separaram Índia e Paquistão do resto da Ásia. Hoje, eles estão completamente adaptados ao ambiente submarino. Milhões de anos de seleção natural deram aos cetáceos (golfinhos e baleias) um corpo cilíndrico e nadadeiras, entre outras características anatômicas similares às do peixes.

    Essa história só pode ser reconstituída na década de 1990, por meio de análises filogenéticas – ou seja, a descoberta do grau de parentesco entre espécies por meio das semelhanças entre o DNA, um truque que dá certo em parceria com os bons e (muito) velhos fósseis. Não adianta negar, golfinho: todo galã tem um bonachão na família.

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    (Montagem sobre tepic/johan63/iStock)

    Burros e rinocerontes

    Eles podem ser muito diferentes em aparência, mas são parecidos no que mais interessa para os biólogos evolutivos: ambos têm um número ímpar de dedos nas patas – três no caso do rinoceronte, um no caso do burro, que atende pelo nome de casco. Por causa disso, esses dois animais, além de cavalos, zebras e antas, pertencem à ordem dos perissodáctilos.

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    Animais dessa ordem compartilham outras características, mais discretas. Uma das principais é possuir um estômago só – ao contrário dos quatro das vacas. Por causa disso, eles fazem parte da digestão no intestino, onde bactérias dão uma mãozinha na hora de quebrar a celulose.

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    Um dos perissodáctilos mais antigos – avô de rinocerontes e burros – viveu há 55 milhões de anos na Ásia, e atende pelo nome de Radinskya yupingae. Sabemos que ele era menor que todos os seus sucessores, mas é difícil precisar seu tamanho, pois o único fragmento fóssil disponível é um fragmento de crânio (veja aqui).

     

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    (Montagem sobre Rafael Cutó/ArtBoyMB/iStock)

    Carrapatos e escorpiões

    Estamos acostumados com aracnídeos ameaçadores – aranhas peludas e escorpiões cheio de amor veneno para dar. Dá até para esquecer outro representante famoso da classe: os incômodos carrapatos. Pois é, eles não são insetos. Carrapatos, assim como ácaros, têm oito patas, contra as seis de insetos, que pertencem a uma categoria taxonômica completamente diferente.

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    O ancestral comum de todos os aracnídeos é bem mais antigo que o dos mamíferos mencionados acima, e bem mais difícil de descrever com precisão. O aracnídeo mais antigo conhecido por meio de fósseis se chama Palaeotarbus jerami e viveu há 420 milhões de anos. Era uma espécie de aranha, mas não produzia teias, e já tinha, é claro, as oito pernas regulamentares. Os fosséis de aranhas fabricantes de teias mais antigos de que se tem notícia têm 380 milhões de anos de idade. Em outras palavras, é difícil saber se o pai de escorpiões e carrapatos era mais parecido com um ou com o outro. Mas eles se separaram há muito, muito tempo atrás na árvore da vida.

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    (Montagem sobre JoeLena/agustavop/iStock)

    Papagaios e tiranossauros

    Você não sabe, mas São Paulo está cheia de dinossauros. Alguns livres, outros em gaiolas. Muitos atendem pelo nome de Chico, e os do gênero Amazona, se treinados corretamente, podem gritar “Vai Corinthians!” Sim, estamos falando dos pássaros – todos, não só os papagaios.

    Os dinossauros eram divididos em dois grandes grupos: os saurísquios e os ornitísquios. Entre os saurísquios estavam os terópodas – representados pelo tiranossauro rex e seus primos, em geral bípedes de bracinhos curtos.

    Foram justamente representantes desse grupo de répteis pré-históricos que sobreviveram ao meteoro e chegaram aos dias atuais. Só que eles ficaram menores. E aprenderam a voar – algumas pesquisas argumentam que os primeiros dinossauros terópodas com asas já existiam há 170 milhões de anos, bem antes da queda do meteoro e a extinção em massa, há 65 milhões de anos. Muitos chocavam ovos, tinham pescoços flexíveis, ossos ocos para diminuir o peso do corpo e, em alguns casos, penas e bico. Monstros com vocação para pombos.

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