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70% da população vai sofrer com eventos climáticos extremos nos próximos 20 anos

Caso as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas, a porcentagem cai para 20%.

Por Eduardo Lima
Atualizado em 12 set 2024, 12h16 - Publicado em 12 set 2024, 12h00
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  • Uma pessoa atravessa uma rua alagada do centro da cidade devido às fortes chuvas dos últimos dias de 14 de maio de 2024.
     (Jefferson Bernardes / Getty Images/Reprodução)

    Quase três em cada quatro pessoas vai sofrer com mudanças de temperatura extremas e chuvas intensas nos próximos 20 anos. A situação só vai ser mais amena se ocorrer um corte dramático nas emissões de gases de efeito estufa.

    Esses dados são de um novo estudo do Centro CICERO para Pesquisa Internacional de Clima, da Universidade de Reading, na Inglaterra. O artigo, publicado na revista Nature Geoscience, mostra que a porcentagem de pessoas afetadas por eventos climáticos extremos poderia diminuir de 70% para 20% se os cortes de emissões já combinados no Acordo de Paris fossem realizados.

    Esses gases poluentes, como o CO₂ e o CH₄, se acumulam na atmosfera terrestre e prendem parte do calor do Sol. Isso causa um aumento considerável na temperatura da Terra, que desencadeia outros desequilíbrios climáticos.

    Os pesquisadores noruegueses e britânicos estudaram os possíveis impactos de eventos climáticos extremos levando em conta a região onde aconteceriam. A ideia é tentar identificar as áreas mais vulneráveis do mundo nas próximas décadas. Modelos de simulação computadorizada mostraram que essas provavelmente estarão localizadas nos trópicos e subtrópicos, próximas à linha do Equador. 

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    Esses efeitos das mudanças climáticas, como ondas de calor intensas, desencadeiam outros problemas nas regiões: mortalidade de pessoas e animais, e perda de produtividade agrícola, por exemplo.

    Além do calor intenso, outro evento climático extremo estudado pelos cientistas foram as chuvas, que podem levar a enchentes como a que afetou o Rio Grande do Sul este ano.

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    Mudanças rápidas demais

    As previsões do estudo são baseadas em dois cenários diferentes. A mais pessimista, em que 70% da população mundial sofre com mudanças bruscas no clima, é baseada nos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Nesse cenário, as emissões de gases de efeito estufa continuam a subir, causando um aquecimento de 3,3 °C a 5,7 °C até o fim do século 21.

    Já o cenário de cumprimento do Acordo de Paris, que significa emissões líquidas zeradas até 2050, ainda vai nos deixar com um aquecimento de 1,3 °C a 2,4 °C até 2100. A situação mais provável, segundo o projeto Climate Action Tracker, é algo entre os dois cenários – mas, mesmo para que isso aconteça, são necessárias políticas públicas de colaboração global.

    Um dos principais pontos da pesquisa é mostrar que as mudanças dramáticas estão batendo à porta. 20 anos pode parecer bastante tempo, mas os eventos climáticos extremos estudados pelos pesquisadores do CICERO levariam décadas e décadas para se formar naturalmente. A população vai ter mais problemas climáticos e menos tempo para se adaptar à nova realidade.

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