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A cor invisível do beija-flor

O psicólogo Emílio Takase prova que o beija-flor consegue discriminar diferentes tonalidades de ultravioleta.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h30 - Publicado em 31 out 1992, 22h00

O olho humano é um sensor limitado, já que só enxerga a radiação eletromagnética que vai do azul ao vermelho. O beija-flor, no entanto, parece enxergar até a faixa do ultravioleta, situada entre as cores comuns e os raios X. Esta é a tese do psicólogo Emílio Takase do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. “Durante mais de dois anos procurei provar que o beija-flor também é capaz de discriminar diferentes tonalidades de ultravioleta.” 

Para isso, ele treinou diversos pássaros para sugar água açucarada sob quatro filtros diferentes – discos de vidro com 7 centímetros de diâmetro e um orifício no meio. Em poucas palavras, os pássaros aprenderam a identificar uma vasilha de água açucarada, entre muitas outras, cuja marca não era uma cor comum, mas raios ultravioleta. Takase festejou os resultados. “Os pássaros tiveram alta taxa de acerto.” 

O ultravioleta não é mais misterioso que as cores comuns. Estas representam ondas eletromagnéticas de maior ou menor comprimento, dentro da faixa que vai de 400 nanômetros (correspondentes ao azul), a 700 nanômetros (vermelho). O ultravioleta está abaixo de 400nn. Não se entende bem como o cérebro lida com as ondas eletromagnéticas depois que elas atingem os sensores existentes no olho. O fato é que, conforme o comprimento da onda, o cérebro a vê como uma cor diferente: azul, verde ou amarelo. Apesar de ser uma pesquisa básica – que não visa aplicação prática –, Takase acredita numa hipótese interessante sobre o beija-flor que estudou, de nome científico Eupetomena macrouca macrouca. Ele diz que a visão talvez não sirva só para reconhecer as flores com néctar, seu principal alimento, mas para um pássaro ver o outro e ficar invisível aos predadores! “Apesar de não enxergarmos, as penas também refletiriam luz ultravioleta e isso na mata pode tornar o beija-flor difícil de ser localizado, embora os indivíduos da espécie se vejam perfeitamente bem.”

 

 

 

 

 

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