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O surgimento, a glória e o fim dos ônibus espaciais

Eles nasceram com a promessa de baratear – e revolucionar – o acesso ao espaço. Acabaram se revelando perigosos demais. Mas deixaram um legado: a Estação Espacial Internacional.

Por Salvador Nogueira
Atualizado em 26 fev 2020, 15h29 - Publicado em 1 ago 2019, 17h06

O mundo era um lugar muito diferente em 1961, quando John F. Kennedy lançou o desafio de ir à Lua, e em 1972, quando Richard Nixon definiu o que viria após a conquista lunar. O primeiro queria bater os russos, não importando o custo. O segundo teve de pagar a conta, em meio a recessão e crescente desinteresse público com o espaço após a Apollo 11.

Nixon abraçou a única bandeira possível na era pós-Apollo: o programa dos ônibus espaciais (space shuttles). A promessa era de que uma frota de naves reutilizáveis, capazes de decolar como foguetes e pousar como aviões, poderia baratear – e assim revolucionar – o acesso ao espaço.

Primeiro lançamento de um ônibus espacial, o Columbia (STS-1). (Divulgação/NASA)

Fora um protótipo de teste, o primeiro ônibus espacial foi o Columbia, que fez sua decolagem inaugural em 12 de abril de 1981. Para pilotá-lo, a Nasa escalou John Young, em seu quinto voo espacial, depois de participar de duas missões Gemini e duas missões Apollo, tendo a seu lado o novato Robert Crippen. Os planos oficialmente eram montar uma frota para então construir uma estação espacial.

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Em 28 de janeiro de 1986, os ônibus espaciais mostrariam sua face mais perigosa. Logo após sua décima decolagem, o Challenger explode, matando sete pessoas e o sonho de baratear o acesso ao espaço.

Ele decolava como foguete, mas pousava como avião. (Divulgação/NASA)

Em compensação, os soviéticos estavam indo muito bem, obrigado, tocando seu programa de estações Salyut. Em 1986, eles iniciariam a construção de uma estação modular, a Mir (Paz, em russo). As duas potências chegaram a discutir um programa conjunto, mas o papo só evoluiu após o colapso da União Soviética. Em 1992, George Bush e Boris Yeltsin assinaram um acordo em que ônibus espaciais poderiam voar à Mir, com americanos servindo a bordo da estação russa, e russos viajando nas naves americanas.

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No ano seguinte, os dois governos concordaram em desenvolver um complexo orbital conjunto, a Estação Espacial Internacional (ISS), agregando também ao projeto Canadá, Japão e países europeus. Seu primeiro componente foi lançado em 1998, e desde 2000 a estação está permanentemente tripulada. Quanto à antiga Mir, encerrou suas operações em 2001 e reentrou na atmosfera, mergulhando no Pacífico.

O processo de construção da ISS foi temporariamente perturbado pelo acidente do ônibus Columbia, que matou seus sete ocupantes durante a reentrada, em 1º de fevereiro de 2003, após ter o bordo da asa danificado por espuma que se desprendeu do tanque externo do veículo após a decolagem. A conclusão do painel de investigação do acidente foi de que os ônibus espaciais eram inerentemente perigosos e deviam ser aposentados o mais breve possível.

A Estação Espacial Internacional, vista do ônibus Atlantis. (Divulgação/NASA)

A retomada dos voos se deu em 2005, e a conclusão da construção da Estação Espacial Internacional aconteceu em 2011. Após 12 missões, as naves reutilizáveis da Nasa foram aposentadas. A ISS segue em órbita, sempre tripulada, e tem financiamento garantido até 2024. A partir daí, a Nasa espera passar a gestão de sua participação na estação para a iniciativa privada, focando suas atenções em voos maiores. Depois de algumas décadas, o futuro, mais uma vez, está batendo à nossa porta.

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