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A Imensa Aurora Boreal de Júpiter

Técnicas avançadas permitem retratar fenômenos no planeta que dominou o céu no primeiro semestre do ano

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 26 jun 2009, 22h00

Augusto Damineli Neto

Depois de ter dominado o inicio das noites por meses a fio, o planeta Júpiter está prestes a deixar o céu estrelado. Para celebrar sua magnífica presença no primeiro semestre do ano, apresento algumas imagens que eu fiz dele no laboratório nacional de Astrofísica (LNA), em Brasópolis, Minas Gerais. A melhor surpresa é uma imensa aurora boreal produzindo pelo vento solar que se enrosca na cabeleira magnética de jupter provocando cortinas luminosas. Invisível na faixa Óptica aparece nitidamente com o uso de um filtro infravermelho.

Apesar de terem sido tomadas em condições impróprias para medições astronômicas – o céu não estava totalmente escuro e o diâmetro das imagens estelares estava um pouco grande –, as fotos são bonitas e exemplificam o poder das técnicas de que dispomos hoje. Usei um CCD (espécie de chip sensível á luz) com 225 000 sensores (pixels), em lugar de filmes, no telescópio de 160 centímetro do LNA. Um exagero, diriam os entendidos, para um planeta tão brilhantes como Júpiter. Mas, não no meu caso, que estava usando um filtro que só deixa passar um faixa de cores minúsculas no infravermelho, em que o chip é quase cego.

Nessa faixa, a atmosfera perturba muito menos luz do que na faixa visível e as estruturas atmosféricas jupiterianas, como as nuvens, apresentam maior contraste. Os Tempos de exposição das imagens variam de 100 milessegundos a 5 segundos. A precisão das imagens é 4 000 quilômetros, ou seja, 1 segundo de arco. Graças aos equimentos utilizados é que pude captar a imensa aurora boreal, que se espalha por extensão dezenas de vezes maior do que a Terra.

Equinócio de primavera

Na noite do dia 22, às 21h22, o sol estará passando pelo equador, retornando do hemisfértio norte para o sul. È o equinócio da primavera, onde a noite tem a mesma duração do dia. Marque sobre o horizonte a posição em que o sol se ocultou para ter um registro permanente do ponto cardeal oeste, a partir do qual podem ser determinados todos outros.

Dois recordes para a lua cheia

No dia 30, a lua entra na fase cheia, a segunda do mês para quem está a menos de 2,5 horas de Greenwich (fuso horário da Europa e África). Ela estará também no apogeu de sua órbita, isto é, em que sua máxima distancia da terra: 406 428 quilômetros. Será a lua cheia mais distante do ano, e, portanto, a de menor tamanho aparente. Essa variação só poderá ser vista com equipamentos de alta precisão.

Encontro Cerrado de Marte e Júpiter

Ao anoitecer do dia 6, marte se aproxima a menos 1 grau de Júpiter. Em sua louca corrida para leste, ultrapassa Júpiter e alcança a estrela Spica (Alfa da Virgem) no dia 16. Para não confundi-los, lembre-se que júpiter é mais brilhante e Marte mais vermelho.

Lua: Ultrapassagem tripla em virgem

A lua ultrapassa três planetas em apenas dois dias. Observe que cada pôr-do-sol ela está mais alta no horizonte. No dia 16, observe-a aproximando-se de Mercúrio. No dia 17, será a vez de Júpiter e em seguida, marte. Não perca a oportunidade de fotografar-los reunidos.

Planetas

Mercúrio: visível ao acaso do Sol na última semana (magnitude -0,3). Vênus: visível ao amanhecer (magnitude -4,0). Marte: visível em Virgem anoitecer (magnitude 1,6) Júpiter: visível em Virgem ai anoitecer (magnitude -1,7). Saturno: visível em Capricórnio durante toda a noite (magnitude 0,7). Urano, Netuno e Plutão: não são visíveis a olho nu.

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