A descoberta é de dois pesquisadores do Instituto Salk de Estudos Biológicos, em San Diego, Califórnia: a matéria-prima da memória pode ser o sulfeto de hidrogênio, o mesmo gás produzido pelos ovos quando apodrecem. A primeira evidência encontrada por Kazuho Abe e Hideo Kimura é uma enzima fabricante do sulfeto, presente nas células do cérebro de ratos. Depois, eles notaram que o gás estimula uma proteína da superfície da célula, chamada receptor NMDA. O estímulo reforça a comunicação entre os neurônios. Muitos neurologistas acreditam que o aumento na emissão de sinais entre as células está diretamente relacionado com a fixação de lembranças, ou seja, com a memória. Agora, Abe e Kimura pretendem “construir” geneticamente um rato sem a enzima produtora de sulfeto de hidrogênio. E ver como a falta do gás afeta o comportamento do animal.