Em liberdade e acompanhados de seus semelhantes, os leões e tendem a ser mais férteis. Essa descoberta, que tem importantes implicações para a defesa de espécies sob ameaça de extinção, é o resultado de um estudo realizado por pesquisadores americanos com diferentes populações leoninas. Para observar a diversidade genética e as variações no comportamento do organismo desses animais, os pesquisadores compararam a fertilidade em três grupos de leões – o primeiro, e maior deles, em seus extensos domínios na planície da Serengeti, na Tanzânia, na África Oriental; o segundo em liberdade, mais um espaço menor, também na Tanzânia; enfim o terceiro num zôo da Índia.
A experiência mostrou que as funções reprodutoras desses animais sofrem os efeitos da diminuição do número de famílias e, em conseqüência, o do aumento da consanguinidade: quanto menores as populações leoninas e mais restrito seu habitat, menos férteis tendem a ser os machos do grupo. A pesquisa comprova com observações anteriores de cientistas sobre a queda da fertilidade dos animais mantidos em zoológicos com laboratórios. Mostra ainda os efeitos adversos da mudança de habitat nos mamíferos selvagens. A conclusão do estudo não deixa também de ser preocupante e para a conservação das espécies ameaçadas de extinção, pois a vida no cativeiro ou em espaço reduzido, nesses casos, costuma ser a regra em vez da exceção.