Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Astrônomos detectam o buraco negro mais pesado já descoberto

Ele tem 40 bilhões de vezes a massa do Sol, fica a 700 milhões de anos-luz da Terra - e mede 236 bilhões de quilômetros de diâmetro, o que seria suficiente para engolir todo o Sistema Solar

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 28 out 2019, 14h26 - Publicado em 7 ago 2019, 12h58

Alguns buracos negros são tão pesados que os astrofísicos cunharam uma classificação específica para eles: a categoria dos buracos negros supermassivos, que chegam a ter bilhões de vezes mais massa do que o Sol. Mas um buraco negro recém-descoberto pode inaugurar uma nova classe — a dos ultramassivos.

Tudo indica que ele seja um dos maiores buracos negros já encontrados no universo, talvez o maior. Cientistas alemães usaram o MUSE (um instrumento, não a banda britânica) acoplado ao telescópio europeu VLT, que fica no Chile, para estudar a galáxia central de um aglomerado galáctico relativamente próximo da Terra, o Abell 85. Ele fica a 700 milhões de anos-luz daqui. No coração da galáxia Holm 15A, descobriram um verdadeiro monstro.

Com 40 bilhões de vezes a massa do Sol, o objeto encontrado é mais de seis vezes maior que o M87*, um buraco negro considerado bem grande. Ele virou celebridade na internet após sua foto, a primeira já tirada de um buraco negro na história, viralizar em abril deste ano. Em comparação com o Sagitário A*, nosso “próprio” buraco negro supermassivo, no centro da Via Láctea, o que fica na Holm 15A é 10 mil vezes maior.

E não é só a sua massa que impressiona. O tamanho também: seu diâmetro é de 236 bilhões de quilômetros. De tão grande, ele seria capaz de engolir o Sistema Solar inteiro de uma só vez. Os resultados foram submetidos ao The Astrophysical Journal e aguardam revisão de pares e publicação, mas o manuscrito do artigo já está disponível no repositório arXiv.

Mas como um buraco negro pode engordar e espichar tanto a ponto de se tornar ultramassivo? Eles crescem de tamanho da mesma forma que nós — comendo. Só que, em vez de arroz e feijão, buracos negros comem estrelas, gás, planetas, civilizações: qualquer matéria que dê o azar de passar perto demais deles. E, pelas bandas do Abell 85, o alimento é farto. Isso porque pelo menos duas das galáxias que ficam nesse aglomerado estão passando por processos de fusão.

Continua após a publicidade

É um evento lento, mas violento, que arremessa muito gás. E uma parcela generosa desse gás acaba servindo para aplacar o apetite insaciável do buraco negro central, em torno do qual todas as galáxias satélites orbitam. Considerando a massa total das estrelas da Holm 15A, o “monstrão” é quatro vezes maior do que seria de se esperar (levando em conta o movimento delas, nove vezes maior). 


A SUPER produziu um minidocumentário sobre buracos negros. Para assistir, é só clicar aqui embaixo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.