Uma busca monumental aos genes de povos indígenas está levando animados cientistas de toso os países a longínquos rincões do planeta. O motivo é que muitas dessas tribos caminham gradualmente para a extinção, e nesse caso levariam consigo seus genes, que podem conter indícios decisivos sobre a evolução do homem. Tais povos milenares, como os ianomâmi, no Brasil, ou os aborígines australianos, têm u constituição genética bastante peculiar, pois passaram a maior parte de suas existência e, completo isolamento de outras populações. Daí a urgente convocação à busca feita há alguns messe pelo geneticista Luca Cavalli-Sforza, da Universidade Stanford, Estados Unidos, e pelo antropólogo molecular Allan Wilson. Mesmo diante da óbvia importância da tarefa, a resposta foi surpreendentemente positiva e rápida. Um dos primeiros a reagir foi Walter Bodmer, presidente da Organização do Genoma Humano, cujo objetivo é listar e decifrar a imensa coleção de genes do homem. Não só cientistas se mobilizaram: estima-se que as doações já alcancem 40 milhões de dólares, o suficiente para se comece a coleta de ADN – a substância de que são feitos os genes – Entre 200 e 500 populações de cerca de 100 povos, nos próximos dois a três anos. Na fase seguinte, que vai durar cinco anos, os genes serão introduzidos em células vivas – mantidas em tubos de ensaio para se perpetuarem no tempo.