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Cansou do Brasil? Universidade oferece curso gratuito de sobrevivência em Marte

As aulas são dadas online - e nem precisa ser um gênio da ciência para participar

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 1 set 2016, 17h00

Pode até parecer loucura, mas o filme Perdido em Marte está cada vez mais perto da realidade: Elon Musk já disse que quer levar seres humanos para o planeta até 2024, a China já começou alguns testes e tem gente que até ganhou uma passagem (só de ida) para lá. Agora, digamos que todo esse investimento dê certo e que você acabe em Marte – e aí, como sobreviver no planeta vermelho? 

Foi pensando nisso – e com base no filme – que a astrofísica Jasmina Lazendic-Galloway e a professora de química Tina Overtonda, da Universidade Monash, na Austrália, criaram um curso chamado How to Survive on Mars: The Science Behind Human Exploration of Mars (Como sobreviver em Marte: a ciência por trás da exploração humana em Marte, em português). Online e gratuito, ele foi desenvolvido para que qualquer pessoa, cientista ou leiga, possa participar. É isso aí: você pode assistir às aulas do conforto do seu sofá – basta entender inglês e se inscrever no site da universidade até 24 de outubro, quando o curso começa.

LEIA: E se a gente vivesse em Marte?

Para conseguir ensinar o máximo de pessoas possível, Como Sobreviver em Marte vai focar nos aspectos mais básicos da vida em um lugar inóspito: o drible da falta de oxigênio, a produção de energia, a busca por água e o plantio e colheita de alimentos. Isso porque no planeta vermelho “a atmosfera é super rarefeita, há pouca luz do sol, a radiação é intensa e é muito frio”, explica Overtonda no vídeo de apresentação do curso.

As aulas serão em vídeo e interdisciplinares – ou seja, variando entre conceitos básicos da química, da física, da geologia, da biologia e da astronomia -, e serão ministradas por cientistas e professores da própria universidade. A coisa toda dura quatro semanas, mas não precisa se preocupar com o tempo perdido: para concluir as aulas (e até ganhar um certificado de ~super conhecedor de Marte~), você só precisa cumprir três horas por semana.

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LEIA: E se Terra tivesse a gravidade de Marte?

No final, você vai ter desenvolvido habilidades que podem ser usadas também aqui na Terra – convenhamos, um pouquinho de sabedoria sobre sobrevivência nunca é demais. Vai que o apocalipse zumbi começa este ano? Vai que você se perde em um deserto?

A ideia de ensinar como sobreviver em Marte veio do livro Perdido em Marte, de Andy Weir – o mesmo que inspirou o filme estrelado por Matt Damon. Lazendic-Galloway e Overtonda eram fãs do romance e, percebendo o quanto o filme foi popular, decidiram colocá-lo em prática. De fato, o interesse tem sido grande: desde que o curso foi anunciado, na quarta (31), 1.500 pessoas já se inscreveram. 

Mas escolha de Marte não tem a ver só com o filme – o planeta é o único do sistema Solar no qual seres humanos poderiam, um dia, tentar viver. Os outros nem remotamente seriam opções de lar: Vênus, por exemplo, tem uma atmosfera tão densa e tóxica que bastaria você sair da nave para ser esmagado; em Mercúrio, a temperatura pode chegar a 400ºC; Júpiter, então, nem chão tem direito – é um planeta praticamente gasoso. 

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LEIA: 5 tecnologias reais da NASA que estão em ‘Perdido em Marte’

Marte, por outro lado, é rochoso, recebe sol de forma quase igual em toda a sua superfície e tem indícios de água congelada. Ele também não tem uma atmosfera tão densa e tóxica, e sua temperatura, apesar de bem fria, não é tão absurda – algumas sondas já registraram temperaturas superiores a 0°C. Fora que ele fica a 225 milhões de km da Terra, mais longe que Miami, mas ainda assim relativamente perto. 

E por que ensinar sobrevivência, em vez de simplesmente falar da geologia do lugar ou de ciência teórica? “Nós sabemos que as primeiras colônias que chegarem a Marte terão que lutar pela sobrevivência”, explicam as cientistas na ementa do curso. E, como ir para Marte tem sido um sonho cada vez mais palpável, o melhor que a gente tem a fazer é aprender. 

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