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Cápsula OSIRIS-REx da NASA retorna à Terra com amostras de asteroide

Missão a Bennu, apelidado de "asteroide do fim do mundo", retornou com amostras que podem dar pistas sobre as origens da vida na Terra e a formação do sistema solar

Por Caio César Pereira
25 set 2023, 16h00

Após sete anos e mais de 2 bilhões de km de distância, a missão da sonda OSIRIS-REx, da NASA, ao asteroide Bennu finalmente retornou à Terra. Lançada em 8 de setembro de 2016, a sonda tinha como principal objetivo procurar pistas sobre a origem do nosso sistema solar, bem como as origens da vida aqui na Terra.

Apesar de lançada em 2016, a sonda só foi pousar no asteroide anos depois, em 3 de dezembro de 2018. A coleta de amostras ocorreu entre 2019 e 2020, até finalmente iniciar a volta para casa, em maio de 2021. Ao chegar próximo a atmosfera, a sonda ejetou sua cápsula, que após cruzar a atmosfera a mais de 42 mil km/h e 3.000 ºC de temperatura, caiu na Terra no último domingo, dia 24, às 11h52 do horário de Brasília.

A sonda OSIRIS-REx (Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, Security-Regolith Explorer, algo como Explorador de Origens, Interpretação Espectral, Identificação de Recursos e Segurança-Regolito, em portugues), tinha como principal objetivo coletar amostras do asteroide Bennu. Batizado em homenagem à garça divina da mitologia egípcia, associada à criação e renascimento, o asteroide é vigiado de perto pelas agências espaciais.

Isso porque, Bennu tem 1 chance em 2700 de colidir com a Terra dentro dos próximos 300 anos. Com mais de 500 metros de diâmetro, um impacto de Bennu no planeta poderia causar estragos significativos. Bennu é às vezes chamado de “o asteroide do apocalipse”, por ser o objeto celeste com a maior chance de cair aqui na Terra.

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Mas para além do monitoramento sobre impacto e formas de impedi-lo, o estudo sobre Bennu também é importante por outra razão. Ele pode conter pistas sobre as origens de vida no universo – e consequentemente, aqui na Terra. Isso porque Bennu se fragmentou de um objeto celeste formado nos primórdios do nosso sistema solar, há mais ou menos 1 bilhão de anos. 

Através de imagens captadas pela sonda no asteroide, por exemplo, os pesquisadores conseguiram identificar que as rochas de carbonato podem conter traços de material orgânico, como o carbono. A superfície também se mostrou diferente do que os cientistas esperavam, sendo mais porosa e fluida, com detritos se soltando do meteorito.

Dessa forma, a sonda foi capaz de coletar cerca de 250 gramas de amostra, que agora serão levadas para Houston,  no Centro Espacial Lyndon B. Jonhson, para serem estudadas.  

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“Parabéns à equipe do OSIRIS-REx por uma missão perfeita – o primeiro retorno de amostras de asteroides americanas na história – que aprofundará nossa compreensão da origem de nosso sistema solar e sua formação. Sem mencionar que Bennu é um asteroide potencialmente perigoso, e o que aprendemos com a amostra nos ajudará a entender melhor os tipos de asteroides que podem vir em nosso caminho”, disse o Administrador da NASA, Bill Nelson.

Ah, e a missão contou ainda com a participação de um cientista inusitado. O doutor em astrofísica e também guitarrista da lendária banda Queen, Brian May. O líder da missão e professor de ciência planetária e cosmoquímica na Universidade do Arizona, Dante Lauretta, conta como surgiu a ideia.

“Conforme começamos a enfrentar o desafio de encontrar um local para coletar a amostra, eu sabia que precisávamos ver a superfície em três dimensões. Então, fiz um apelo a Brian [May]. Eu imaginei que ele era uma pessoa ocupada, com muitas coisas acontecendo em sua vida, que ele estava apenas se divertindo com nossos dados. Mas eles [ele e sua colaboradora Claudia Manzoni) entraram e fizeram um trabalho fantástico”, disse Lauretta ao Live Science.

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