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Cientistas descobrem a menor e menos brilhante galáxia já registrada

A galáxia Andromeda XXXV é um milhão de vezes menor que a Via Láctea, e tem esse nome porque orbita a galáxia muito maior (e mais famosa) Andrômeda.

Por Eduardo Lima
29 mar 2025, 14h00

Astrônomos descobriram um grupo de galáxias pequenininhas a cerca de 3 milhões de anos-luz da Terra. No meio dessa coleção de galaxinhas, pesquisadores da Universidade de Michigan e outras instituições encontraram a menor e menos brilhante galáxia já registrada.

A Andromeda XXXV é sutil e não chama muita atenção para si mesma. Até o nome dela se refere a outra estrutura bem maior. O grupo de pequenas galáxias descobertas orbita a Andrômeda, que é a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea.

Os astrônomos ficaram surpresos com a descoberta de mini-galáxias tão pequenas. O consenso científico era de que essas estruturas minúsculas (em termos cósmicos, claro, o que significa que continuam gigantescas em comparação a nós) foram destruídas nos primórdios do Universo, graças às condições condições mais quentes e densas. De alguma forma que os pesquisadores ainda não entendem, a Andromeda XXXV escapou da fritadeira.

Essas galáxias são plenamente funcionais, apesar de serem um milhão de vezes menores que a Via Láctea. A descoberta foi divulgada no periódico The Astrophysical Journal Letters.

Galáxia sobrevivente

Galáxias anãs não são novidade para os astrônomos. A Via Láctea é orbitada por várias dessas galáxias-satélite, presas pela atração gravitacional de estruturas muito maiores. É difícil identificar as anãs, já que elas são bem menos brilhantes que as galáxias que orbitam. Encontrá-las na Via Láctea é mais fácil. Conseguir enxergá-las a distância, em galáxias vizinhas, é um baita desafio.

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O desafio é um pouco menor em Andrômeda, uma galáxia relativamente próxima da Via Láctea onde os cientistas já tinham encontrado algumas galáxias-anãs, mas todas grandes e brilhantes em comparação à Andromeda XXXV.

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Liderados por Marcos Arias, da Universidade do Michigan, os cientistas vasculharam vários bancos de dados astronômicos e conseguiram algumas observações com o Telescópio Espacial Hubble para conduzir a busca pela menor galáxia conhecida. Eles acharam um aglomerado de estrelas tão pequeno que desafia as teorias sobre evolução de galáxias.

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A Andromeda XXXV se diferencia das galáxias anãs que orbitam a Via Láctea porque estas pararam de formar novas estrelas há 10 bilhões de anos, enquanto aquela continuou produzindo novos astros até 6 bilhões de anos atrás. A formação de estrelas é interrompida quando não há mais gás e poeira para formar novos astros – é assim que uma galáxia morre. O que os astrônomos não sabem é se, no caso dessas galáxias-satélite, os recursos acabaram depois de muito uso ou a galáxia maior roubou eles para si por meio da atração gravitacional.

Para as galáxias-satélite da Via Láctea, que conhecemos melhor, parece que elas consumiram todos os recursos e pararam de produzir estrelas sozinhas. No caso da Andromeda XXXV, os cientistas sugerem que seus recursos podem ter sido sugados pela galáxia que orbita.

Nos primórdios do Universo, a energia liberada por estrelas gigantes em supernova provavelmente fritou todas as outras galáxias minúsculas. Os cientistas ainda não sabem como a Andromeda XXXV sobreviveu a essa ameaça existencial. Mais estudos sobre as mini-galáxias são necessários. O que dá para falar com certeza é que encontrar uma galáxia desse tamanho é como “ter um humano perfeitamente funcional do tamanho de um grão de arroz”, como disse Eric Bell, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, em uma declaração à imprensa.

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