Cientistas descobrem como medir o Universo em 3D
Essa ferramenta também pode nos dar pistas de como o universo se expandiu.
A distância na Universo é medida em anos-luz, com distância aproximada de 10 trilhões de quilômetros. Isso é equivalente a quase 800 mil voltas na Terra. Você sabe: fica tudo tão longe que até a luz do Sol, que nos aquece todas as manhãs, chega aqui com um atraso de mais de oito minutos.
Os pesquisadores da Universidade de Columbia, então, se perguntaram como era possível continuarmos medindo as distâncias do Universo com a nossa escala convencional, sem levar em conta as distorções do cosmos. Então, eles sugerem uma nova forma de dimensionar essas distâncias cósmicas, utilizando explosões de energia. O método permitiria posicionar galáxias distantes em três dimensões e, assim, mapear o cosmos.
Essas explosões são um fenômeno novo, e ainda não se sabe o que as provoca. Algum fenômeno astrofísico está causando essas rajadas de energia que aparecem como flashes de ondas de rádio. Os cientistas acreditam que pode haver milhares deles por dia. “Nós acreditamos que nós vamos ser capazes de usar esses flashes para montar um retrato de como as galáxias estão espalhadas através do espaço”, afirmou Kiyoshi Masui, coordenador da pesquisa.
À medida que essas rajadas rápidas de rádio chegam à Terra, elas aterrisam em momentos diferentes, que variam de acordo com seus comprimentos de onda. Os pesquisadores propõem usaro o atraso entre os tempos de chegada de diferentes frequências para mapear o cosmos. E todos esses sinais que chegam à Terra dá uma idéia de quantos eletróns e, por tabela, quantas estrelas, gases e matéria escura estão entre a Terra e o ponto de origem da explosão.
Um rádio-telescópio do Canadá poderia oferecer o primeiro conjunto de dados regulares dessas rajadas rápidas de rádio. O equipamento se chama CHIME (Experimento Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio). “Se conseguirmos construir um arquivo de eventos cosmológicos, poderemos usar essas informações para construir um catálogo de galáxias”, afirmou Kris Sigurdson, que faz parte do projeto do CHIME.
Além de poder construir uma imagem tridimensional do cosmos, essa ferramenta poderá ser usada para mapear a distribuição de material no universo e, assim, ampliar a nossa compreensão de como ele evoluiu.
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