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Cientistas espalham lagartas de mentira pelo mundo

Grupo de 40 pesquisadores largou 3.100 bichos de massinha em 31 pontos do globo – tudo para ver como os predadores iriam reagir.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jun 2018, 19h25 - Publicado em 24 ago 2017, 16h32

Um princípio básico da ecologia diz que os animais interagem mais nas regiões quentes do que nos lugares frios. Parece óbvio: as regiões quentes são mais favoráveis à vida, abrigam mais bichos e mais espécies; logo, mais interação. Mas, até agora, isso era apenas uma suposição. Ninguém tinha conseguido provar.

Um grupo de cientistas teve a ideia de distribuir lagartinhas falsas, feitas de massa de modelar, em 31 pontos dos seis continentes. Depois, eles voltaram a todos os lugares para ver como as lagartas estavam – e, a partir disso, compararam a ação dos predadores pelo mundo.

A SUPER conversou com a bióloga Larissa Boesing, da USP, que participou do inusitado estudo e contou como foi distribuir comida fake em nome da ciência.

Onde você deixou as suas lagartas?
No maciço florestal da Mantiqueira, em São Francisco Xavier (SP), que contém uma grande área de Mata Atlântica.

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Como vocês identificam quais animais atacaram as lagartas?
As marcas deixadas pelos predadores são nítidas. Você consegue ver a marca triangular do bico de uma ave, os sinais de dentes deixados por pequenos roedores e as mandíbulas de artrópodes. Não tem erro.

Qual a importância desse trabalho?
Ele responde de uma maneira muito simples a uma das principais perguntas da ecologia: se as interações entre espécies ficam mais fortes perto do Equador. Nosso estudo diz que sim, e revela um padrão global de predação.

E o que vocês descobriram?
Uma lagarta próxima aos polos tem oito vezes menos chance de ser atacada que uma lagarta no Equador. Para cada grau a mais de latitude, a probabilidade de a lagarta sobreviver intacta aumenta em 2,2%. E são os insetos, não os mamíferos ou as aves, os responsáveis por essa diferença.

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