Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Cientistas transformam ratos altruístas em psicopatas

O próprio altruísmo roedor é uma novidade. A transformação deles em seres desprovidos de empatia também.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 9 mar 2020, 20h19 - Publicado em 9 mar 2020, 20h19

Ratinhos de laboratório surpreenderam cientistas na última semana. Uma pesquisa feita no Instituto Holandês de Neurociência mostra que esses animais podem ser tão altruístas quanto humanos: eles evitam colocar seus companheiros em risco em determinadas situações. 

A pesquisa aconteceu assim: 24 ratos (machos e fêmeas) foram apresentados a duas alavancas. Quando puxavam qualquer uma delas, ganhavam um petisco. Depois de algumas repetições, os ratos tendiam a escolher uma alavanca favorita. Não que ela fornecesse mais comida, era só uma questão de preferência mesmo.

Foi aí que os cientistas reverteram o cenário. Numa segunda situação, quando o bichinho fosse na alavanca favorita, seu amigo do lado levaria um leve choque. Alguns deles, porém, pareciam sensíveis ao sofrimento alheio. Nove ratinhos pararam de puxar a alavanca favorita e voltaram a focar na outra, que também oferecia recompensas, mas não causava choque no coleguinha.

Só que nem tudo são flores. Alguns ratos foram corrompidos depois de um tempo. Eles passaram a receber três petiscos quando puxavam a alavanca que dava choque. Aí a empatia foi embora. 

Continua após a publicidade

O estudo não parou por aí. Os pesquisadores decidiram anestesiar o córtex cingulado anterior (CCA) dos ratos mais empáticos. Sabe-se que humanos que sofrem de transtornos antisociais (psicopatia) têm essa parte do cérebro danificada. Só não dá para cravar se essa é a única característica torta no cérebro de um psicopata.

Continua após a publicidade

A pesquisa, de qualquer forma, indica que o papel do CCA na sociopatia é enorme: ao terem essa parte do cérebro “desativada” os ratinhos deixaram de se importar com a integridade dos outros ratos.  

Outra conclusão do estudo é a de que, se há componentes nítidos de empatia nos ratos, é fato que esse traço está envolvido em toda a história evolutiva dos mamíferos. Nosso ancestral comum com os roedores viveu há 93 milhões de anos. Logo, esse comportamento é no mínimo tão antigo quanto esse ser ancestral. Mas só quando a recompensa pelo sofrimento do outro não for boa o bastante. 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.