(José Tadeu de Oliveira Filho, Salvador, BA)
Você já deve ter se divertido montando constelações no teto do seu quarto, ou dos seus filhos, com figurinhas luminosas. Esses adesivos – que parecem nunca sair de moda – funcionam graças a uma substância chamada sulfeto de zinco, que tem a propriedade de emitir um brilho amarelo-esverdeado depois de exposta à luz. O sulfeto de zinco é um composto fosforescente. Ao absorver partículas luminosas, ou fótons, os seus elétrons são estimulados e “chutados” para longe do núcleo. Quando você desliga o interruptor do quarto – que, aliás, também é feito do mesmo material, justamente para que você possa enxergá-lo no escuro –, o estímulo acaba e os elétrons retornam, aos poucos, para seus lugares de origem. Na volta eles devolvem a energia absorvida, também em forma de fótons (veja o infográfico). Daí a luminescência. O efeito pode durar horas.
Energia emprestada
Salto de elétrons provoca a fosforescência das figurinhas luminosas.
1 – A luz ativa os elétrons do sulfeto de zinco. Eles absorvem fótons, as partículas luminosas. Cheios de energia, pulam para a camada de fora do átomo.
2 – Quando o estímulo acaba, os elétrons se cansam e voltam para seus lugares de origem. Nesse salto, devolvem a energia emprestada também em forma de luz.