Mais de 200 candidatos já reservaram lugar para uma temporada glacial: após a morte e, em sacos de dormir, seus corpos serão colocados em tanques metálicos mergulhado em nitrogênio líquido a menos de 180 graus centígrados. A idéia de congelar pessoas para serem revividas sabe lá Deus e quando surgiu há algum tempo, mas agora acendeu uma calorosa polêmica. Pesquisadores favoráveis, como Art Quaife, dono da congeladora Trans Time, da Califórnia, observam que células de sangue, córneas, artérias de esperma ficaram no gelo mais de 15 anos sem que fossem quaisquer danos.
Os críticos, porém, afirmam que descongelar com sucesso células ou pequenos organismos é muito diferente de fazer o mesmo com organismos complexos. Enquanto ferve o debate, proliferam na costa oeste dos Estados Unidos institutos oferecendo a opção de congelar apenas a cabeça, por menos da metade dos 100.000 dólares necessários para congelar o corpo inteiro- preço não congelado, naturalmente. Os interessados decerto apostam que os cientistas do futuro não só poderão descongelar seres humanos como serão capazes de enxertar as velhas cabeças do século XX em novos corpos. Cento e vinte otimistas californianos já estão na lista de espera para entrar nessa fria.