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Conheça a performance que venceu o concurso “Dance seu PhD”

Um pesquisador brasileiro ganhou o segundo lugar com vídeo sobre uma estratégia de defesa das árvores da Amazônia. Confira.

Por Luisa Costa
14 mar 2023, 17h37

Explicar uma pesquisa de doutorado a partir de uma performance de dança. Essa é a proposta inusitada do Dance your PhD (ou “Dance seu PhD”, em português), um concurso internacional que a revista Science promove desde 2007. Os vencedores foram anunciados nesta semana – e entre eles está o trabalho de Israel Sampaio Filho, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

Na edição deste ano, cientistas de 12 países inscreveram 28 performances em quatro categorias: biologia, química, física e ciências sociais. Cada categoria tem um vencedor, que ganha a quantia de 500 dólares. O vencedor geral fica com 2 mil dólares a mais; neste ano, foi Checkers Marshall, da University of Oregon (Estados Unidos).

A performance de Marshall, gravada em seu laboratório e no quintal de um amigo, foi a escolhida entre os trabalhos de química e tinha como objetivo explicar sua tese sobre estruturas metalorgânicas (MOFs): materiais cristalinos constituídos por íons metálicos ligados a moléculas orgânicas. Estes materiais são porosos e podem funcionar como esponjas, permitindo a captura de gases como o dióxido de carbono (CO2).

A pesquisa de Marshall e seus colegas transforma as MOFs em estruturas menores e mais eficazes para serem usadas como catalisadoras de reações químicas (acelerando tais processos) ou na filtragem de água, por exemplo. Para isso, há várias estratégias de modificação que aparecem no vídeo. Uma delas é adicionar outra molécula na estrutura que interrompa o crescimento do cristal; ou então remover um elétron para permitir que os íons metálicos flutuem mais livremente pelas “nano-MOFs” – como Marshall apelidou as estruturas pequeninas.

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Na performance de dança, os balões azuis representam os íons, e os leques amarelos lançados de um lado para outro por Marshall e um amigo simbolizam as trocas de elétrons entre os íons metálicos. As MOFs, por sua vez, são uma esfera Hoberman – aquela estrutura geodésica de brinquedo que pode encolher e se expandir. Confira no vídeo abaixo (com legendas disponíveis apenas em inglês).

Se inglês não é seu forte, não se preocupe: você pode conferir a performance dirigida por Israel Sampaio, vencedor da categoria de biologia do concurso. Ela foi encenada por dezenas de pessoas na base de manejo florestal do INPA, em Manaus. A “Canção foliar da Amazônia” explica como um hormônio produzido pelas árvores da floresta amazônica (o ácido abscísico, ABA) as protege contra altas temperaturas e secas intensas, que podem levar à perda excessiva de água pelas plantas.

O ABA estimula o fechamento dos estômatos – aberturas microscópicas na superfície das folhas e do caule das árvores que controlam a troca gasosa com o meio externo. Segundo Sampaio, quando este hormônio fecha os estômatos, ele reduz a transpiração e a fotossíntese da planta, além de ativar a expressão de genes de defesa, por exemplo. É como se a árvore entrasse em um modo de economia de energia para superar o estresse gerado pelas mudanças climáticas.

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Confira a performance no vídeo abaixo – e a lista completa de vencedores no site da Science, neste link.

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