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Descoberto vulcão gigantesco escondido no equador de Marte

Esse colosso de 9 km, maior que o Everest, é fotografado por missões não tripuladas desde 1971, mas passou 50 anos despercebido.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 mar 2024, 16h00

Havia um vulcão debaixo do nariz dos astrônomos. Não qualquer vulcão, veja bem: um colosso de 9 km de altura ou seja, ligeiramente mais alto que o Everest , com 450 km de diâmetro no ponto mais largo de sua base.

Esse gigante geológico se localiza no equador de Marte e vem sendo fotografado por missões não tripuladas desde 1971, quando a sonda Mariner 9 fez o primeiro clique do dito-cujo.

Mas a erosão o desgastou tanto que não era possível reconhecê-lo como vulcão só de bater olho motivo pelo qual sua existência passou 50 anos despercebida.

A descoberta foi anunciada em 13 de março pela dupla de pesquisadores Pascal Lee, da Nasa e do Instituto SETI, e Sourabh Shubham, da Universidade de Maryland, na 55º Conferência de Ciências Lunares e Planetárias, organizada no estado americano do Texas.

O vulcão se localiza em uma área de terreno acidentado, entre uma rede de cânions conhecida como Valles Marineris (“vales do marinheiro”, em latim) e uma região de relevo labiríntico chamada adequadamente de Noctis Labyrinthus (“labirinto da noite”, também em latim). Ele não está em erupção no momento, mas não é possível descartá-lo como inativo.

“Há um conjunto de coisas que me deixam excepcionalmente entusiasmado com o vulcão”, disse Lee em uma declaração à imprensa. “É um vulcão antigo, com muito tempo de vida. Ele está tão profundamente erodido que é possível escalar, rodar ou até voar por dentro dele, e datar diferentes partes de seu interior para estudar a evolução de Marte.”

O local também é interessante para a busca de vida extraterrestre, porque tem um histórico único de interação entre calor e água (embora o vulcão se localize na região mais quente do planeta, com temperaturas que alcançam 27 °C, a altitude permite a formação de geleiras).

Por fim, há vantagens práticas: esses depósitos de gelo podem servir como fonte de água potável e combustível de foguete para possíveis missões humanas a Marte.

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Sim, combustível. Para fazer isso, o primeiro passo seria usar energia solar para um proesso chamado eletrólise, que separa as moléculas de H2O em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2).

Depois, basta queimar o hidrogênio para ele se reunir novamente ao oxigênio e voltar a formar água. Esse processo é uma reação exotérmica, que libera energia. O célebre acidente do dirigível Hindenburg é um exemplo clássico da violência da queima de H2.

Em suma: se um dia você for visitar Marte, as cercanias deste vulcão são um porto seguro potencial para instalações humanas (a não ser que ele entre em erupção, claro). E suas geleiras, a garantia de que a passagem não é só de ida.

 

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