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E se… o homem fosse um animal voador?

A estrutura física do homem não suporta esses dois apêndices. Além disso, ¿um mesmo animal não desenvolve mais de um tipo de proteção, no caso, penas e pêlos¿, diz o professor de fisiologia evolucionária James Hicks, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 28 fev 2007, 22h00

Texto Nina Weingrill

Parece simples colocar duas asas nas costas de um cara, como na representação clássica dos anjos. Pode esquecer. A estrutura física do homem não suporta esses dois apêndices. Além disso, “um mesmo animal não desenvolve mais de um tipo de proteção, no caso, penas e pêlos”, diz o professor de fisiologia evolucionária James Hicks, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).

Mas há uma solução, ou até duas, para transformar o Homo sapiens em Homo volans (nome latino que significa “homem voador”). Para sustentar braços e asas, nós teríamos um tronco, no mínimo, duas vezes mais longo que as pernas. Só assim a musculatura do peitoral poderia ser forte o suficiente e ter espaço vertebral para suportar os 4 membros superiores. “Ainda assim, nossos braços teriam que ser muito mais curtos”, diz James. Esquisito demais.

A segunda opção é o “batman” que você vê ao lado. Com o braço transformado em asas, o corpo não precisa de grandes alterações morfológicas. “E, se você voltar no tempo e analisar os registros de todos os vertebrados que já existiram na Terra, não há nenhum com 6 membros funcionais”, afirma o pesquisador. Portanto, é bem provável que, se o homem pudesse voar, ele seria assim.

Nosso peso não seria um problema tão grande: o pterossauro é a prova – morta e fossilizada – de que um animal com 135 quilos e asas de 10 metros de envergadura podia voar. E o bicho ultrapassava os 200 metros de altitude. Se tivéssemos asas, ficaríamos mais ou menos nesse patamar de vôo.

O grande desafio do homem voador seria a decolagem. Animais muito grandes precisam correr bastante para ganhar impulso antes de alçar vôo (é a lógica dos aeroportos: quanto maior o avião, maior a pista). Ou então subir em algum lugar alto e se jogar. De uma montanha ou um penhasco, por exemplo. Mas não de um prédio.

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Acontece que humanos sem braços, mãos nem polegares opositores seriam bem toscos no que diz respeito a construir coisas. “É só pensar nos outros animais que possuem a capacidade de voar. Eles não conseguem desenvolver qualquer tecnologia. Nós provavelmente seríamos assim”, diz James. E aí: prefere voar sozinho ou ouvir seu iPod no avião?

Morcegão humano

Veja o que mudaria na anatomia do homem voador

Olhos

Segundo James, os olhos poderiam desenvolver uma proteção extra para não ficarem secos – como, por exemplo, uma glândula lacrimal mais eficaz.

Pêlos

A falta do dedão pode causar grande impacto, mas nenhum deles vai tão longe quanto o efeito provocado na pele e nos pêlos. Sem a capacidade de fazer qualquer tipo de roupa para sua proteção, nós, em pleno século 21, teríamos a aparência de homens das cavernas.

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Músculos

Os músculos das pernas e do peitoral devem ser naturalmente maiores para sustentar e dar impulso na hora de levantar vôo. É daí que vem toda a energia do bicho.

Ossos

A estratégia morfológica a ser adotada no desenvolvimento dos ossos pede que eles fiquem cada vez mais leves. Isso ajuda o animal a manter-se no ar durante mais tempo, gastando menos energia.

Braços, mãos e dedos

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A ausência dessas 3 partes do corpo humano daria lugar a uma capacidade que só adquirimos em sonhos e videogames. A musculatura peitoral seria toda destinada a dar poder de vôo e impulso ao homem.

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