Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90/mês

Emissões de carbono quase estacionaram em 2014

A quantidade de dióxido de carbono lançada na atmosfera cresceu apenas 0,5% em 2014

Por Fábio Marton
Atualizado em 8 mar 2024, 11h31 - Publicado em 27 nov 2015, 17h00

Em meio a um mar de notícias ruins, um pequeno alívio para quem anda exasperado com a mudança climática (e, quem sabe, se escondendo atrás de um ventilador neste instante, como este que vos escreve): um relatório da Comissão Europeia acaba de ser divulgado, revelando que as emissões de dióxido de carbono na atmosfera cresceram apenas 0,5% em 2014.

Pode parecer frustrante que elas ainda assim tenham sido maiores que em 2013, mas foi um grande avanço: na década passada, o crescimento era em média de 4% ao ano. Entre os principais responsáveis pela boa nova estão vários países europeus que diminuíram emissões, como Eslováquia (-10,6%), Reino Unido (-9%) e Alemanha (-5,6%¨). Ironicamente, a própria mudança climática também ajudou, com um inverno particularmente brando diminuindo em 10% a demanda de energia para aquecimento doméstico.

Leia também:
Quanto você contribui para o aquecimento global?
Aquecimento global: está tudo tranquilo?

Os grandes vilões das emissões, China e Estados Unidos, emitiram mais que no ano anterior, mas em velocidade menor que no passado, graças a adoção de fontes renováveis. Ambos registraram um aumento de 0.9%. Compare isso com a Índia, onde as emissões aumentaram 7,6%, tornado o país o quarto maior contribuinte para o aquecimento global, após EUA, China e União Europeia como um todo. O Brasil está em nono lugar, após o Canadá.

A notícia é um bom começo, e torçamos para que este ano seja finalmente o da virada. Mas vale lembrar que o aquecimento global não vai parar por isso. Para que a concentração de gás carbônico na atmosfera se mantenha estável, teríamos de cortar as emissões em 90%. E isso não reverteria o aquecimento, apenas estabilizaria.

Continua após a publicidade

E mesmo assim, pode ser otimismo. Um outro estudo saiu agora afirmando que, por causa da interação entre a temperatura global e a emissão natural de metano nos oceanos, um círculo vicioso fará com que o aquecimento seja mais rápido e dramático do que estávamos prevendo.

Fontes: Global Growth in CO2 Emission Plateaus, European Comission Joint Research Centre (via Phys.org) e Global Warming Will Be Faster Than Expected, Linköping Universitet (via ScienceDaily).

Leia mais:
Os novos suspeitos do aquecimento global
Aquecimento global: o começo do fim

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.