Esta imagem cabe numa célula humana
Impressão a laser permite resolução absurda – e a cores.
Parece a Mona Lisa num terminal monocromático dos anos 80 (alguém lembra?). Mas é um triunfo da nanotecnologia. A imagem acima, desenhada a laser numa placa finíssima de alumínio, tem 50 micrômetros de altura. Um micrômetro (μm) é equivalente a um milésimo de milímetro – a imagem tem por volta do tamanho de algumas das células maiorzinhas do corpo humano, como as do fígado, pele ou de gordura – as menores, como os glóbulos vermelhos, teriam o tamanho da cabeça da Mona Lisa.
Ela foi esculpida com um laser de 1500 graus por pesquisadores da Universidade Técnica da Dinamarca. E o mais interessante é que é possível criar imagens assim a cores, mudando a intensidade do laser para criar diferentes tonalidades no material trabalhado.
Na sua forma atual, é possível criar imagens com resolução de 127 000 pontos por polegada (PPI, ou DPI em inglês). Uma resolução considerada de alta qualidade, como a das revistas e monitores, é de cerca de 300 PPI. Isso raramente é atingido por equipamentos comuns, como TVs e monitores. Uma foto de satélite impressa assim permitia visualizar o que você está vendo na tela de celular (ainda que não existam câmeras capazes de tirá-la hoje).
Entre os possíveis usos para a nova tecnologia, está a a aplicação de códigos de barras ou outras informações em escala nanométrica (como as vistas nas células de animais artificiais em Blade Runner – quem lembra?). Também sistemas de segurança sem falhas, como em cédulas de dinheiro. Ou a impressão das imagens mais incríveis que o mundo já viu.
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