Esta noite terá chuva de meteoros – e ela será visível do Brasil
Nesta madrugada a chuva de Leônidas chega ao ápice. Mas atenção: a ressaca da Superlua pode colocar o show em risco.
Como se fosse para compensar o sofrimento do fim de semestre, todo final do mês de novembro conta com um show celeste. O fenômeno das Leônidas, chuva de meteoros que colidem com a atmosfera terrestre nessa época, vai chegar ao seu ápice na madrugada desta sexta-feira e vai ser possível assistir a tudo do Brasil.
Aqui no hemisfério sul, a sugestão é que o céu seja observado entre as 3h e as 5h da manhã, antes do amanhecer, mas a partir da meia-noite já dá para começar a observar o céu.
De acordo com a NASA, o ideal é buscar um lugar pouco iluminado, longe dos grandes centros, deitar no chão e deixar os olhos vagarem pelo céu. Para apreciar uma chuva de meteoros, os olhos podem ser mais valiosos que um binóculo ou um telescópio. É preciso olhar para a maior porção de céu possível para identificar os pontos luminosos e suas passagens de poucos segundos pela atmosfera.
Mas se você estiver disposto a observar as Leônidas, vai precisar de paciência. Primeiro porque esse ano não vai ser o mais abundante de meteoros. A cada hora, no máximo 20 deles vão cruzar o céu, em uma velocidade de 71 km por segundo.
Pode parecer muito, mas a cada 33 anos as Leônidas tem uma “edição especial” mais prolífica, em que o céu fica iluminado por mais de mil meteoros por segundo. A próxima tempestade desse tipo, porém, acontece só em 2034.
A maior Superlua do século também pode ser um empecilho esta noite. Se, no feriado, foi difícil conseguir assistir à lua em partes do país devido ao mau tempo, quem vai atrapalhar a visibilidade agora é a própria luz da lua. Depois de chegar à fase cheia no dia 14, ela começa a minguar, mas segue brilhante e pode ofuscar alguns dos meteoros.
No dia 21 a lua se torna minguante e os meteoros seguem aparecendo de forma esparsa no céu até o fim do mês.
A chuva de Leônidas é um efeito colateral do momento em que a Terra cruza com a órbita do Cometa Tempel-Tuttle. O objeto deixa no seu rastro uma trilha de poeira e gelo. São essas partículas que colidem com a nossa atmosfera e se tornam brilhantes bolas de fogo por causa do atrito com o ar.
A colisão acontece todo ano, então, caso você perca o show hoje à noite, pode esperar até 2017 para tentar novamente. Também pode ficar de olho nas Geminídias, outros meteoros que devem aparecer em 13 de dezembro. Mas a última fase cheia do ano vai atrapalhar a visibilidade, de novo. Pela última vez em 2016, a Lua vai te trair.