Formato da cabeça faz tubarão-martelo nadar pior
Quantidade de energia gasta pode ser até 10 vezes maior em comparação a outros tubarões.
As oito espécies de tubarão-martelo conhecidas pela ciência destoam de qualquer outro peixe. Tudo porque elas carregam uma característica inconfundível: seus olhos e narinas estão localizados nos chamados cefalofólios, estruturas que lembram aerofólios de carros e podem medir até um metro de ponta a ponta.
Como a seleção natural chegou a esse design tão peculiar ainda é um mistério. Um novo estudo, feito por cientistas da Universidade do Mississippi, porém, usou modelos de computador para comparar o nado de tubarões-martelo com o de outros peixes na tentativa de se aproximar de uma resposta.
Uma das hipóteses era de que o formato dos cefalofólios fosse hidrodinâmico, assim como as asas de um avião são aerodinâmicas. Mas, para a surpresa dos cientistas, o achatamento cria resistência ao nado em linha reta – os tubarões-martelo precisam fazer até dez vezes mais força para se locomover em frente.
Mas o formato diferenciado de cachola não traz só prejuízos: basta uma pequena inclinação para que o tubarão-martelo faça curva repentina. Isso permite que ele realize manobras debaixo d’água e troque de altitude com mais facilidade.
Essa habilidade pode ser útil na hora de perseguir uma presa – um privilégio que exímios nadadores, como o tubarão-branco, por exemplo, adorariam ter.