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Fungo zumbi transforma moscas em escravas

O apocalipse zumbi está acontecendo debaixo do seu nariz e você nem sabia

Por Lucas Baranyi
15 jan 2018, 16h05
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  • Algumas pessoas têm medo de zumbis. Outras pessoas têm medo de insetos. Há, também, aqueles que têm medo de zumbis E de insetos. Se este é o seu caso, prepare-se para ter pesadelos por algumas noites: a bióloga Carolyn Elya descobriu, bem no quintal de sua casa, uma espécie de fungo zumbi que infecta moscas e as transforma em escravas.

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    Fungos parasitas são bem conhecidos no mundo dos insetos – e o modus operandi deles é simples: infectar o hospedeiro para, em seguida, controlar seu comportamento (e, com sorte, encontrar mais vítimas). As moscas atacadas por esse fungo específico – o Entomophthora muscae –, porém, são parceiras de longa data da ciência: comumente conhecida como mosca-da-fruta, a Drosophila melanogaster é um dos mais importantes organismos modelos da biologia; vê-las sendo tomadas como parasitas por um fungo possibilita mais estudos sobre a ação desses predadores zumbi e sobre como o corpo das vítimas reage.

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    Se você acha que Carolyn e os cientistas da Universidade de Berkeley só estão exprimindo um desejo sádico de observar moscas-zumbi, está enganado: segundo David Hughes, da Universidade Estadual da Pensilvânia, estudos sobre fungos zumbi podem ajudar na busca por tratamentos de doenças como o Alzheimer. “É incrível ter um modelo totalmente rastreável para estudo”, afirmou Hughes à New Scientist.

    Metamorfose

    Uma vez infectada pelo fungo, a mosca morre entre quatro e sete dias. O inseto se comporta normalmente até o último dia, quando para de voar. Com uma movimentação trêmula, a mosca se locomove até algum objeto vertical, quando para de andar e usa seu aparelho bucal para colar-se na superfície. Nos dez minutos seguintes, já zumbi, ela movimenta as asas violentamente até morrer, poucas horas depois.

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    Uma vez morta a mosca, o fungo começa a tomar controle do corpo e, no fim da infecção, o organismo se transforma inteiramente em uma colônia de fungos – que, cinco horas depois da morte, começa a lançar pequenos esporos para o ar.

    Segundo Elya, o fungo invade o sistema nervoso do hospedeiro 48h depois do contato, atingindo diferentes regiões do cérebro para alterar o comportamento da vítima.

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    Nos resta torcer para que as moscas sejam o único alvo deste fungo do mal.

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