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Girafas fêmeas que convivem entre amigas vivem mais, aponta estudo

A pesquisa acompanhou 512 fêmeas da espécie por cinco anos na Tanzânia. Para os animais, viver em grupos pode significar mais proteção e capacidade de encontrar comida.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 11 fev 2021, 19h05 - Publicado em 11 fev 2021, 18h59

Giras fêmeas adultas que passam mais tempo de suas vidas com outras colegas da mesma espécie vivem por mais tempo do que indivíduos solitários, que evitam contato com suas colegas. Foi o que revelou um estudo de pesquisadores suíços publicado na revista Proceedings of the Royal Society.

A equipe da Universidade de Zurique acompanhou 512 girafas fêmeas na região de Tarangire, no norte da Tanzânia, por cerca de cinco anos. Eles registravam a vida das pescoçudas através de fotos e vídeos. Depois, usaram uma inteligência artificial para analisar todo esse material e identificar qual girafa era qual apenas pelo padrão de pelugem, que é único para cada indivíduo da espécie desde seu nascimento. Assim, os pesquisadores conseguiram recriar uma espécie de mapa das relação sociais no ambiente.

O estudo contou apenas com girafas fêmeas porque elas são mais sociáveis que os machos, que geralmente vivem vidas solitários, vagando em busca de parceiras para procriar e, eventualmente, entrando em conflito com outros machos.

Com os dados, a equipe analisou a frequência de relações entre as girafas, o tamanho dos grupos de “amizade” e a força dessa ligação entre elas. Os métodos foram parecidos com os estudos que fazem a mesma análise para humanos, chimpanzés e outros primatas.

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Os resultados mostraram que fêmeas que socializavam com pelo menos três “amigas” tinham uma chance maior de sobreviver do que girafas solitárias. O fator sociabilidade foi, inclusive, mais impactante na sobrevivência dos bichos do que outros elementos que interferem na dinâmica da espécie, como presença de fontes de alimentos, o tipo de vegetação da região que habitavam e se havia ou não humanos por perto.

Não estão claros, ainda, os motivos por trás do fenômeno, mas há algumas hipóteses. Andar em grupo e se comunicar ajuda a observar o ambiente em busca de comida e ajuda na prevenção contra ataque de predadores. Como resultado, isso reduz o estresse geral que as girafas enfrentam nessas situações. Além disso, fêmeas em grupos são menos suscetíveis a investidas sexuais de machos – que podem ser violentas – do que as que vivem sozinhas.

Girafas são consideradas uma espécie vulnerável pela União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN), que a coloca em sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. De acordo com a entidade, elas são ameaçadas por fatores como perda de habitat por conta do desmatamento, caça ilegal e instabilidade nas medidas de conservação em vários países. Atualmente, há apenas cerca de 68 mil indivíduos vivos, e a população vem caindo nos últimos anos.

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