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Golfinhos são realmente inteligentes?

O cérebro deles é mais pesado do que o nosso e diversos estudos já mostraram que estes cetáceos são realmente muito espertos

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Thiago Lotufo

Imagine a seguinte cena: uma pessoa joga uma bóia de plástico para brincar com um golfinho que está dentro de um tanque. Num primeiro momento o animal não entende que tem de devolver o objeto. Mas após algumas tentativas o ser humano consegue ensinar a brincadeira para ele. Agora, imagine esta próxima cena: um outro golfinho num tanque, uma bóia e uma pessoa. Ao notar que tem alguém do lado de fora, o golfinho joga a bóia para a borda do tanque. A pessoa, de início, não entende que o animal quer brincar, mas diante da insistência dele acaba devolvendo o objeto e entrando no jogo.

Pois então, diante destas duas situações quem é o professor e quem é o aluno. Quem ensinou a brincadeira ao outro? O homem ou o golfinho? A resposta não importa muito, mas as cenas ilustram bem como os golfinhos podem ser extremamente inteligentes. E diversas experiências já mostraram que eles também sabem diferenciar o lado direito do esquerdo, se reconhecem diante do espelho e se orientam por meio de um sofisticado sistema parecido com um sonar. Além disto, vivem em grupos sociais com laços estreitos e bem organizados.

CABEÇÃO É A CHAVE

A explicação para tanta capacidade e esperteza, dizem alguns, estaria no tamanho do cérebro. Ou melhor, na relação do peso do cérebro com o peso do corpo todo. Os golfinhos figuram em segundo lugar nesta lista – só perdem para os humanos. Têm um índice médio de 1,17% ao passo que o do homem é de 2,10%. Os chimpanzés, que vêm em terceiro, ficam com 0,70%. Mais: considerado isoladamente, o cérebro dos golfinhos é mais pesado que o dos outros dois. Pesa, em média, 1,75 quilos – o dos seres humanos tem, em geral, 1,4 quilos e o dos chimpanzés 400 gramas. O problema desta comparação é que ela logo cai por terra. E, para tanto, basta analisar, por exemplo, gatos e leões. Os primeiros alcançam um índice de 1,6% e, os últimos, 0,13%. O leão, porém, não é tido como intelectualmente inferior ao gato.

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Assim, o que faria destes cetáceos seres tão inteligentes? Provavelmente, as funções que o cérebro deles é capaz de executar (independente do tamanho), como a capacidade de controlar cada respiração e concentrar o sangue em determinadas regiões do corpo enquanto mergulham. A chave da explicação, no entanto, residiria na surpreendente habilidade de comunicação entre eles, feita por meio de uma linguagem própria. Um estudo realizado pelo biólogo escocês Vincent Janik e publicado na revista Science mostrou que os golfinhos chamam uns aos outros com sinais que podem ser decodificados como nomes. E o mais incrível: eles podem ter um “aprendizado vocal”, capacidade vista como importante degrau na evolução da linguagem humana.

 

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