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Japão tem parque com fontes termais só para macaquinhos

E um estudo descobriu porque os bichinhos curtem a atração: além de afastar o frio, os macacos que relaxam na água quente têm menos hormônios associados ao stress circulando no corpo. Veja o vídeo.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 abr 2018, 15h38

Os turistas que vão à prefeitura de Nagano, no norte do Japão, se deparam com um peculiar spa a céu aberto: macacos da espécie Macaca fuscata – os únicos primatas além do ser humano que habitam regiões de cordilheira frias e montanhosas – gostam de ficar de molho em fontes termais para escapar da neve e aliviar o stress.

As águas da região, que emergem aquecidas do subsolo graças à atividade geológica, podem atingir mais de 60ºC – bem mais do que é considerado confortável para o banho da maior parte dos mamíferos. Mas os macaquinhos não se abalam. Segundo o New York Times, o fenômeno chamou a atenção de biólogos pela primeira vez em 1963, quando um espécime resolveu mudar de hábito e foi visto boiando na piscina aquecida de um dos vários hotéis da área.

Para que os macacos parassem de frequentar as águas usadas por seres humanos – o que poderia se tornar um problema de saúde pública – as autoridades construíram um complexo de piscinas só para os primatas. Na confortável temperatura de 40ºC, pra evitar queimaduras. Foi um sucesso, tanto entre os bichos quanto entre fotógrafos amadores: o rosto vermelho característico do Macaca fuscata virou o ícone pop número um de Nagano.

Em um artigo científico publicado nesta semana, a bióloga Rafaela Takeshita, da Universidade de Kyoto, foi atrás de uma explicação evolutiva para o comportamento dos animais: será que as fontes termais têm alguma função além de simplesmente aquecê-los?

Ao longo de nove meses, ela coletou as fezes de doze fêmeas frequentadoras do parque e mediu a concentração de glicocorticoides – hormônios associados ao stress. Também ficou de olho em variáveis comportamentais, como a “posição social” que os indivíduos ocupam no grupo, o tempo que eles passam mergulhados na água e o quanto eles interagem com outros macacos, de forma amigável ou agressiva.

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Conclusão? Os macacos de fato ficam mais calmos e relaxados quando estão na água – e aliviar a tensão tem vantagens de sobrevivência óbvias. Prova disso é que as fêmeas que estão mais bem posicionadas socialmente em relação a seus pares (e que, portanto, estão mais sujeitas a passar por situações estressantes como agressões ou ameaças) também tendem a passar mais tempo mergulhadas. Esfregando a vida boa na cara dos macacos menos favorecidos.

Veja o vídeo do The Guardian:

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