A Fundação Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, deu mais um passo para a auto-suficiência nacional na produção de kits para diagnósticos de AIDS, doença de Chagas, hepatite B, malária e sífilis – cuja fabricação requer condições especialíssimas de trabalho -, com a inauguração de um Laboratório de Segurança Biológica, o primeiro do país com esse nível de sofisticação. No setor onde os pesquisadores manipulam vírus e bactérias perigosas, por exemplo, a pressão do ar é menor, para que, em caso de acidente, o ar não escape e contamine áreas vizinhas.
Além disso, na bancada de trabalho, chamada Capela de Fluxo Laminar, todo o ar que entra ou sai é filtrado, o que também afasta qualquer possibilidade de contaminação. Como num submarino ou numa cápsula espacial, para chegar à área de segurança o pesquisador passa por uma câmara de descompressão, onde a pressão do ar é igualada à pressão da área de segurança. Ali as portas se fecham automaticamente, impedindo que as áreas se comuniquem. E todo material usado é esterilizado mesmo que seu destino seja o lixo.