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Larvas que comem isopor podem ser solução para problema do lixo

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Atualizado em 8 mar 2024, 11h11 - Publicado em 23 out 2015, 15h30

Com certeza, o isopor parece ser genial quando serve para aquecer seu café naquele copo barato. E você não pode deixar de apreciar aquelas bolinhas das embalagens que mantêm seus objetos frágeis protegidos quando são transportados.

Mas esse material leve e durável, também chamado de espuma de poliestireno ou poliestireno expandido, tem um custo ambiental elevado.

A espuma de poliestireno não se desintegra fácil em aterros.

Os norte-americanos jogam fora pelo menos 2,5 bilhões de copos de isopor por ano, por isso muito lixo ainda vai circular por milênios, contaminando sistemas de água e prejudicando animais.

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Agora, a boa notícia: cientistas da Universidade Beihang, em Pequim, e da Universidade Stanford, na Califórnia, descobriram pistas escondidas nas vísceras das larvas do besouro tenébrio, também conhecidas como bicho-da-farinha, para reduzir o problema da espuma de plástico.

“Existe a possibilidade de que uma pesquisa realmente importante esteja surgindo de lugares bizarros”, disse em um comunicado Craig Criddle, professor de engenharia civil e ambiental que supervisionou os pesquisadores em Stanford.

“Às vezes, a ciência nos surpreende. É um choque.”

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Os pesquisadores descobriram que poderosas bactérias vivem nas vísceras do bicho-da-farinha e permitem que se alimentem de espuma de poliestireno – conhecida comercialmente como isopor -, desintegrando o plástico em lixo orgânico.

Estudos adicionais sobre essas bactérias poderiam ajudar os cientistas a desenvolver enzimas sintéticas capazes de desintegrar espuma de poliestireno.

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A pesquisa foi publicada em 21 de setembro na revista Environmental Science and Technology.

“A descoberta da desintegração do plástico pelo bicho-da-farinha é revolucionária, porque o isopor tem sido considerado não biodegradável”, disse o pesquisador Wei-Min Wu por e-mail.

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“Entender o mecanismo da desintegração do plástico pelo bicho-da-farinha nos levará a novas abordagens para resolver o problema da poluição por plástico”, disse Wu, engenheiro e pesquisador sênior de Stanford que participou do estudo.

Na pesquisa, cem larvas foram alimentadas com 34 a 39 miligramas de isopor durante um mês todos os dias desde o nascimento.

Em 24 horas depois de comer, os bichinhos rastejantes converteram cerca da metade da espuma de plástico em dióxido de carbono e excretaram o restante como resíduo que, aparentemente, poderia ser utilizado sem riscos como adubo em colheitas.

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Não se preocupe com os carunchos. Segundo Wu, as criaturas comedoras de plástico permaneceram saudáveis como qualquer outro grupo de larvas controlado que tivesse recebido uma dieta normal.

A existência dessas bactérias já era conhecida – graças à estudante de ensino médio de Taiwan Tseng I-ching, que as descobriu em 2009 -, mas o que elas poderiam fazer dentro das larvas ainda não era sabido, segundo uma reportagem do jornal on-line The Christian Science Monitor.

Os cientistas ficaram muito animados com a nova pesquisa. Como disse Wu à CNN: “Essa é uma das maiores descobertas em ciência ambiental nos últimos dez anos”.

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