PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Leite do demônio da Tasmânia pode matar superbactérias

Cientistas descobriram que leite dos parentes do Taz é quase um coquetel de remédios, que pode ser usado contra bactérias resistentes a medicamentos comuns

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h03 - Publicado em 19 out 2016, 17h30

Dêmonio da Tazmânia

Bactérias são bichos muito adaptáveis. Não é surpresa, então, que algumas delas estejam chegando perto de conquistar o Grand Slam dos micróbios e serem coroadas pan-resistentes, ou seja, bactérias que os antibióticos de hoje não conseguem matar. Por causa disso, cientistas estão correndo para descobrir novas drogas que consigam acompanhar a velocidade de mutação desses microrganismos. E a solução pode estar em outro bicho nada adorável. 

É o demônio da Tasmânia, marsupial que produz em seu leite um verdadeiro coquetel de remédios. São as chamados catelicidinas, peptídeos que tem o poder de matar micróbios. O próprio leite humano contém um tipo de catelicidina… Já o Taz tem no mínimo seis, segundo concluíram pesquisadores da Universidade de Sidney.

LEIA: O Taz está em extinção – mas um furacão evolutivo pode salvar o demônio

No estudo, os cientistas criaram cópias sintéticas de cada um dos antimicrobianos encontrados no leite do demônio. Depois, testaram sua eficácia contra 25 bactérias. Uma delas era a Staphylococcus aureus, uma espécie resistente à meticilina, parente da penicilina. Os antibióticos naturais do Taz não só mataram bactérias como conseguiram destruir colônias de fungos que também causam infecções em humanos.

Continua após a publicidade

Esse potencial todo fez os cientistas se perguntarem porque, afinal, um demônio da Tasmânia precisa de um leite tão matador. Concluíram que, como o bicho é um marsupial, o bebê Taz fica exposto às bactérias do mundo exterior antes do seu sistema imunológico estar completamente desenvolvido. Lá na bolsa da mãe, o feto precisa se fortalecer tanto quanto possível para sobreviver até se tornar um bebê propriamente formado. Um leito altamente antibiótioco, então, vem bem a calhar. E a evolução presenteou o demônio da tasmania com um – vantagem que outros marsupiaos não ganharam.

LEIA: Garota de 25 anos descobre “arma” que pode acabar com as superbactérias

O objetivo dos pesquisadores é que, no futuro, os antibióticos do leite do demônio sejam isolados e comercializados como remédios comuns, que possam combater superbactérias resistentes aos remédios convencionais. Sendo assim, não precisa se preocupar com o gosto do leite do Taz. 

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.