1984 (1949), de George Orwell.
A expressão Big Brother surgiu nesse romance, em que o escritor britânico antevê as paranoias que se tornariam realidade com as câmeras de vigilância espalhadas hoje por todo lado. O adjetivo “orwelliano” cabe a todo regime totalitário que altera fatos históricos a seu favor e só acredita na paz por meio da guerra. Mas por que 1984? É apenas um jogo com os números do ano em que o livro foi escrito, 1948.
MICROMEGAS (1752), de Voltaire.
Influenciado por As Viagens de Gulliver, o sátiro francês, sem saber, ajudou com este conto a estabelecer um dos temas fundamentais da futurologia: o contato com alienígenas. Um terráqueo narra, em primeira pessoa, o encontro com um habitante da estrela Sírio acompanhado de um saturniano.
A MÁQUINA DO TEMPO (1895), de H.G. Wells.
Essa novela de Wells consagrou o termo “máquina do tempo”. No clímax da história, somos levados 30 milhões de anos no futuro, com vegetação rala e monstros parecidos com crustáceos à beira de mares cor de sangue. Alguns milênios depois, a rotação da Terra cessa, e o enfraquecimento do Sol leva ao congelamento do planeta.
2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO (1968), de Arthur C. Clarke. O escritor britânico era conhecido pela base científica de suas histórias. Ele ajudou a consolidar o conceito do que viriam a ser os satélites eletrônicos, mas errou ao imaginar que em 1999 nós teríamos expedições tripuladas a Saturno. Já a abordagem de Clarke da inteligência artificial, em que o computador Hal-9000 toma decisões por conta própria, aos poucos começa a se aproximar da realidade.
FAHRENHEIT 451 (1953), de Ray Bradbury.
É difícil precisar quando se passa a história do romance mais conhecido de Bradbury, mas alguns diálogos dão a entender que é depois de 1990. Nesse futuro, todos os livros são proibidos e o pensamento crítico é visto como contravenção. Qualquer semelhança é mera coincidência.
NEUROMANCER (1984), de William Gibson.
Ambientado num futuro próximo, depois de uma breve 3a Guerra Mundial, o romance estabeleceu as bases do subgênero cyberpunk, popularizou a expressão ciberespaço e concebeu uma coisa que hoje, em tempos de WikiLeaks, soa corriqueira: os hackers como uma guerrilha organizada.