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Matemáticos calculam a cintura ideal para girar um bambolê

Experimento com robô giratório e corpinhos feitos em impressora 3D demonstrou que o formato de pêra é o que tem mais facilidade na tarefa.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jan 2025, 17h12 - Publicado em 3 jan 2025, 16h00

Nos últimos séculos, os físicos descobriram um bocado de coisas que Aristóteles ou Platão sequer imaginavam. Vide a existência de partículas elementares chamadas quarks que compõem os prótons e nêutrons, que compõem o núcleo os átomos, que compõem as moléculas, que compõem as células, que compõem os órgãos e tecidos do seu corpo.

Muita coisa mais simples, porém, permanece ignorada: ainda não existia, por exemplo, um estudo definitivo sobre… bambolês. (Não pense que isso é raro: Richard Feynman, um dos fundadores de uma área chamada eletrodinâmica quântica, era fascinado pelo fenômeno inexplicado de quebrar espaguete para colocá-lo na panela. Tirem os italianos da sala.)

Um grupo de matemáticos do Laboratório de Matemática Aplicada da Universidade de Nova York (NYU) resolveu pôr fim a essa lacuna e publicou um artigo caprichado sobre esses aros de plástico circenses no periódico especializado PNAS. O estudo confirmou uma conclusão intuitiva: quanto maior é a diferença entre as larguras da cintura e do quadril de alguém, mais fácil é manter o bambolê no ar.

Eles criaram uma matriz de formas geométricas mais ou menos eficazes na tarefa, testando cada uma delas com um robô que girava os bambolês na vida real afinal, o departamento é de matemática aplicada.

No gráfico abaixo, o eixo vertical se distribui de uma ampulheta (em que parte mais estreita da forma é o meio) até um ovo (cuja parte mais larga é o meio). Já o eixo horizontal classifica as formas em um gradiente que vai de um triângulo invertido mais estreito embaixo , até um triângulo comum, apontado para cima.

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Dá só uma olhada. A conclusão foi que as formas do quadrante superior direito, semelhantes a pêras, são as melhores. Os “corpinhos” de plástico utilizados no experimento foram feitos com uma impressora 3D e tinham um décimo do tamanho de um ser humano real. Eles eram acoplados a um motor responsável por fazê-los girar com a ginga necessária para manter o aro no ar.

 

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Nós estávamos especificamente interessados em quais tipos de formato do corpo e movimento do corpo eram bem sucedidos em segurar o bambolê no ar, e quais eram as restrições e requerimentos físicos envolvidos”, explicou Leif Ristroph, um dos autores do estudo, em declaração à imprensa.

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“As pessoas vêm em muitos tipos. Algumas têm a curvatura e a inclinação ideais em sua cintura e quadris, outras não têm. Esses resultados explicam porque algumas pessoas têm uma facilidade natural com essa atividade, enquanto outras precisam se esforçar mais.”

 

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