Dante Grecco
Existem cerca de 100 milhões de minas terrestres enterradas pelo mundo, que causam mais de 2 mil acidentes por mês. A mais nova arma contra o problema veio de um brasileiro, o carioca Edoardo Biancheri, 22 anos, estudante de engenharia na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos. Junto com três colegas americanos, ele inventou um robô caça-minas tão eficiente que já existem empresas interessadas em começar a fabricá-lo. Edoardo conversou com a Super sobre o projeto:
Por que vocês fizeram o robô?
Foi um projeto para me formar na faculdade. Uma empresa de engenharia ofereceu 10 mil dólares para fazê-lo, mas colocou condições. O caça-minas teria que usar peças fáceis de encontrar, andar por terrenos acidentados e ser barato. Havia ainda critérios como velocidade e peso máximos.
Qual foi a maior dificuldade?
Evitar que o metal do próprio robô acionasse o detector de minas. Bolamos um sistema com dois veículos. O da frente leva o “cérebro” e o de trás carrega apenas o detector de minas e o contêiner da tinta, que não contém metal.
Como funciona?
Há uma câmera em cima do robô. O operador vê as imagens em uma tela e dirige por um controle remoto, que apita quando o robô acha a mina. Daí é só marcar a área com um spray de tinta.
Ele destrói as minas?
Não. Só detecta.
Quanto custa?
Produzido em escala industrial, sairia por menos de mil dólares, quase 50 vezes menos que os robôs usados hoje pelo Exército americano.