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Mistérios animais

Do ronrom do gato doméstico à vida privada da lula gigante das profundezas, os bichos ainda guardam muitos segredos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h35 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Thiago Lotufo

Por que os gatos ronronam?

Os gatos têm sete vidas, três nomes e pelo menos dois mistérios. As sete vidas dizem que é lenda; os nomes estão explicados no poema “Dar nome aos gatos” de T.S. Eliot (há o nome de família, o oficial e aquele que só os próprios gatos sabem e não revelam a ninguém); e os mistérios são como e por que ronronam. O ronrom é aquele barulho baixo e constante, acompanhado de uma certa vibração que dá a impressão de que existe um motorzinho escondido em algum lugar do bichano. Às vezes, parece que o som vem do nariz; às vezes, da garganta. Em outros momentos, do peito. E isso deixa os cientistas de orelha em pé, pois nenhum deles ainda descobriu como os gatos ronronam. Argumentam que pode ser conseqüência da passagem de ar pelos brônquios. Mas há quem diga que na verdade é o ar passando por certos vasos do coração que produz o ruído. Quanto à sua função, conseguiram constatar apenas que nem sempre é sinal de felicidade, como muitos pensam.

Em situações de estresse ou de dor os gatos também soltam o verbo. Ops! Quer dizer, também ligam o “motorzinho”.

Como uma cobra pode voar?

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Se cobra voadora fizesse terapia os especialistas diriam na certa que elas sofrem de complexo de macaco: vivem em árvores e ficam pulando de galho em galho. No total, existem cinco espécies delas. São encontradas em florestas no sul e sudoeste da Ásia e têm uma intrigante particularidade que as diferem das demais cobras: voam. Como fazem isto? Possuem asas? Não. Não têm asas. Elas achatam o corpo completamente e se jogam de um galho para outro, conseguindo planar como se usassem pára-quedas. Mas o que acontece com os órgãos internos quando elas se achatam e se expandem? Não se sabe. E por que voam? Certeza, certeza, ninguém tem. Estudiosos imaginam que pode ser para economizar energia na locomoção (convenhamos que se jogar de uma árvore para outra é mais rápido do que descer de uma e subir em outra); ou para caçar com maior rapidez; ou até mesmo por instinto, para fugir de predadores. Detalhe importante: essas cobras são incapazes de voar para cima.

Por isso, têm de “pular” de um galho alto para outro mais baixo.

O peixe “extinto” que reapareceu

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Os peixes celacanto eram considerados extintos há 65 milhões de anos. Uma descoberta feita em 1938, no entanto, os trouxe à tona novamente. Isso porque pescadores da costa da África do Sul encontraram por acaso um exemplar vivo do peixe. O achado foi considerado um dos mais importantes do século passado e provou que, na verdade, o celacanto não se extinguira. Muito pelo contrário. Ele permanecera o mesmo peixe desde 400 milhões de anos atrás (data de seu fóssil mais antigo). Após 1938, mais 200 exemplares foram capturados – a maioria nas ilhas Comoro, no oceano Índico. Encontraram duas espécies distintas: os Latimeria chalumnae e os Latimeria menadoensis. Mas há, de acordo com seus fósseis, 125 delas. Eles vivem em águas profundas e podem atingir até dois metros de comprimento e pesar 90 quilos.

Estudiosos acreditam que o celacanto é um dos parentes mais próximos dos vertebrados terrestres (tetrapodes) por conta de protuberâncias semelhantes a um coto de braço nas nadadeiras. Outros cientistas, porém, afirmam que os tetrapodes descendem dos pulmonados, uma outra classe de peixes bastante antigos também.

A vida secreta da lula gigante

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É bom avisar os navegantes. Nenhuma das lulas gigantes até hoje encontrada se parece com a Lula Lelé do desenho animado de Hanna-Barbera. As lulas gigantes sempre foram personagens de histórias fantásticas e assustadoras envolvendo marujos e seus barcos em alto-mar, mas nunca ninguém conseguiu observar uma vivinha da silva em seu hábitat natural. O que se desvendou em tempos recentes é resultado das carcaças encontradas (mais de 300). E, a partir delas, os pesquisadores afirmam que estes supermoluscos, conhecidos por Architeuthis, podem chegar a 13 metros de comprimento, pesar 275 quilos e ter olhos com até 30 centímetros de diâmetro. Mais: os machos têm um pênis que pode atingir um metro e meio. Isso mesmo! O surpreendente, entretanto, é que as Architeuthis estão longe de ser ferozes porque seu corpo é relativamente fraco e os tentáculos longos e magros. Mas esse não é o tipo existente de lulas gigantes.

Em 1985, encontraram um exemplar completo de um outro: a Mesonychoteuthis hamiltoni ou lula colossal. E esta, sim, parece ser o verdadeiro e temível monstro das profundezas. Ela tem nadadeiras musculosas e ganchos rotativos ao longo dos “braços” que a fazem enfrentar em pé de igualdade as baleias cachalotes.

 

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