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Mito: Neurônios perdidos jamais são repostos

Você não precisa mais entrar em pânico quando encher a cara. Seu cérebro tem uma surpreendente capacidade de gerar novas células

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 25 fev 2011, 22h00

Textos Reinaldo José Lopes

Este não é um caso de ciência errada, mas de ciência velha. Até os anos 90, a comunidade científica realmente acreditava que o cérebro de um homem adulto era incapaz de produzir novos neurônios. Segundo essa tese, cada pessoa seria portadora de um número “fixo” de células nervosas. Aquelas que fossem perdidas durante a vida – por causa do envelhecimento, do consumo de drogas e álcool ou de algum trauma neurológico, por exemplo – jamais seriam repostas.

Pesquisas mais recentes, contudo, demonstram o contrário. Existem pelo menos duas áreas do cérebro humano em que a neurogênese (produção de novos neurônios) continua acontecendo ao longo de toda a vida. Uma delas é a zona subventricular, onde as células surgem e iniciam sua migração rumo ao bulbo olfativo – pedaço do sistema nervoso que coordena a detecção e a interpretação de cheiros. A outra é o hipocampo, que desempenha papel importante nos processos de memória e aprendizado. Pensando bem, faz sentido que seja assim. Afinal, precisamos continuar memorizando e aprendendo coisas novas, mesmo depois de acumular certa idade.

Os pesquisadores ainda não sabem muito bem como essa fabricação contínua de neurônios influi na dinâmica cerebral. Mas sua descoberta abre caminho para que as células-tronco neurais, responsáveis pela neurogênese, possam ser usadas, um dia, no tratamento de várias doenças do cérebro.

 

 

Exterminadores de neurônios
Certas substâncias são um veneno para nossas células nervosas

ÁLCOOL
A droga mais popular do mundo “deprime” o sistema nervoso – ou seja, faz com que certas áreas dele funcionem menos. O cérebro de alcoólatras pode até diminuir de tamanho.

MACONHA
Tem a capacidade de matar neurônios em desenvolvimento (o que pode explicar, por exemplo, os prejuízos na aprendizagem notados em crianças filhas de mulheres que fumaram a erva durante a gravidez).

COCAÍNA
Seu uso contínuo danifica os circuitos cerebrais que ajudam a produzir a sensação de prazer. Isso pode explicar as altas taxas de depressão verificadas entre os dependentes dessa droga.

ANFETAMINAS
Frequentemente usadas para aumentar o desempenho físico e mental, elas podem danificar os neurônios que produzem dopamina, um dos mensageiros químicos do cérebro.

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ANTIDE­PRESSIVOS
Ao afetar os minúsculos canais que os neurônios usam para receber mensagens de outras células, esses remédios também podem levar à morte neuronal.

SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
Pesticidas, solventes industriais e metais pesados (como chumbo e mercúrio, por exemplo), também matam células nervosas dependendo do quanto forem expostas a eles.

RADIO E QUIMIOTERAPIAS
A radioterapia em tumores localizados no cérebro, bem como a quimioterapia, pode resultar na destruição de grande quantidade de neurônios como efeito colateral.

 

 

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