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Monte Everest cresce 86 cm na medição oficial

China e Nepal decidiram entrar em acordo sobre a altura da montanha mais alta do mundo, e o novo número é ainda maior do que se imaginava.

Por Bruno Carbinatto
9 dez 2020, 16h59

O Monte Everest, ponto mais alto da Terra, acaba de ficar um pouquinho maior. Não foi crescimento da puberdade, é claro: autoridades da China e do Nepal decidiram entrar em consenso sobre a verdadeira altura da montanha após anos de desentendimentos – e concluíram que ela é um pouco maior do que se pensava.

A nova altura oficial do Everest é 8.848,86 metros, anunciaram os países em uma coletiva de imprensa na terça-feira (08). O número é 86 centímetros maior que o anteriormente adotado pelo Nepal, e mais de 4 metros superior ao valor aceito na China até então (8.844,43). Essa discrepância considerável existia porque a China só contava até a rocha que formava o pico da montanha, enquanto o Nepal adicionava na conta as camadas de gelo e neve que se acumulam acima da última rocha, somando alguns metros à medição.

A montanha, que fica na cordilheira dos Himalaias e cruza a fronteira entre os dois países, segue sendo o ponto mais alto da Terra, quase 200 metros maior que o Monte K2, o segundo colocado. Apesar de famosa e amplamente estudada, não se sabia exatamente qual era a sua altura – cada medição tinha suas pequenas variações. O novo número veio para acabar com as disputas. Ele foi calculado após uma série de pesquisas de campo nos últimos cinco anos, envolvendo especialistas dos dois países.

A primeira medição do Everest foi feita em 1856, por exploradores britânicos que usaram trigonometria para calcular a altura do gigante. Na época, o número ficou registrado como 8.840 metros acima do nível do mar. Quase um século depois, em 1953, cientistas indianos corrigiram a marcação: 8.848 metros, adotados como oficiais pelo Nepal.

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Mas, em 2005, a China decidiu fazer sua própria medição e chegou ao valor de 8.844,43, quase quatro metros a menos. Por cinco anos os países se desentenderam quanto a altura oficial da Montanha compartilhada entre eles, até que, em 2010, aceitaram que cada um estava medindo uma coisa diferente. Enquanto a China considerava apenas as rochas da montanha, Nepal incluía também a neve acumulada acima de seu pico.

Em 2015, porém, um terremoto na região seguido por avalanches preocupou cientistas, e muitos acreditaram que a montanha poderia ter diminuído de tamanho. O Nepal decidiu enviar uma missão com mais de 300 especialistas para descobrir se esse tinha sido o caso, e, mais tarde, a China pediu para se juntar ao estudo. Foram cinco anos de análises precisas, atrasada recentemente pela pandemia de coronavírus, mas os países finalmente chegaram ao consenso de 8.848,86 metros. A China aceitou incluir as camadas de neve e gelo na medição final, diferente de seus cálculos anteriores.

“Vários países concluíram a medição da altura do Everest, várias vezes”, disse Padma Kumari Aryal, Ministro de Gestão das Terras governo do Nepal, na coletiva de imprensa. “Os resultados têm sido diferentes em ocasiões diferentes, e, por isso, hoje colocamos fim a essas especulações.”

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