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Mosquitos encontram pessoas para picar detectando raios infravermelhos

Os insetos conseguem detectar radiações infravermelhas a 70 cm de distância do corpo de alguém, ajudando a direcionar o inseto para seu alvo.

Por Eduardo Lima
27 ago 2024, 12h00

Um mosquito já te encheu o saco de noite, zumbindo na sua orelha sem parar e se guiando com destreza pelo escuro do seu quarto? De acordo com cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos Estados Unidos, os mosquitos podem não precisar de iluminação para vir nos picar porque conseguem detectar radiação infravermelha.

Ao contrário do que muitos pensam, os mosquitos não se alimentam de sangue. Os machos, por exemplo, não picam ninguém. O que acontece é que as fêmeas precisam de sangue para o desenvolvimento de seus ovos, e por isso usam vários sentidos para conseguir o que precisam para sua gestação. Isso inclui o CO₂ que expiramos, visão, odores e o calor e a umidade dos nossos corpos.

Além de todos esses fatores, agora os cientistas descobriram que os mosquitos também encontram hospedeiros de sangue por meio de detecção de raios infravermelhos. Essa pesquisa, publicada na Nature, mostrou que, no caso dos Aedes aegypti, a capacidade de encontrar um ser humano dobrava quando misturavam a radiação infravermelha com o odor humano e a detecção de CO₂.

Raios infravermelhos

As sensações dos mosquitos que já eram conhecidas têm suas limitações: a visão deles é ruim, e qualquer vento forte ou movimento rápido do humano poderia confundir o inseto. A radiação infravermelha é mais confiável para indicar uma direção.

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Quando estão a 10 cm ou menos do corpo, os insetos podem sentir o calor da pele humana. Esse calor pode viajar mais longe quando é convertido em ondas eletromagnéticas no espectro dos raios infravermelhos. Buscando assim, os mosquitos conseguem nos encontrar a 70 cm de distância.

O experimento envolveu duas áreas: uma onde os mosquitos estavam expostos a CO₂ e odores humanos, e outra onde eles tinham isso e uma superfície emitindo raios infravermelhos. Mais do dobro dos mosquitos foi na direção da radiação para procurar uma veia.

Como nunca tinham descoberto isso? A metodologia de estudos passados focou nos raios infravermelhos como a única pista necessária, mas nada funciona por si só. Todos esses sentidos dos mosquitos trabalham juntos para encontrar um hospedeiro.

Os cientistas não só descobriram que os mosquitos detectam raios infravermelhos, como também localizaram onde fica esse sensor natural. Já se sabia que a ponta da antena desses insetos tinha neurônios sensíveis ao calor. Quando os pesquisadores arrancaram essa extremidade, perceberam que os mosquitos perdiam a habilidade de detectar raios infravermelhos.

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Os mosquitos são os animais mais responsáveis por mortes humanas. A nova descoberta pode ser útil para se proteger de picadas, que podem transmitir doenças como dengue, febre amarela e zika. Armadilhas para insetos com radiação infravermelha no mesmo nível de calor da pele podem ser mais eficientes. Uma dica dos cientistas é usar roupas largas, já que elas ajudam a dissipar os raios infravermelhos entre a pele e a roupa, que nem nesse gráfico aqui:

Infográfico mostrando que roupas largas deixam passar menos infravermelho.
(DeBeaubien and Chandel et al./Reprodução)
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