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Mudanças climáticas podem explicar extinção de abelhas, diz estudo

Estudo comparou variações na temperatura com a concentração do inseto na Europa e América do Norte. E mostrou que os números andam lado a lado.

Por Carolina Fioratti
7 fev 2020, 19h45

Que as abelhas estão cada vez mais próximas da extinção, não é novidade. Os insetos, famosos por serem os principais polinizadores de flores e diversos tipos de plantações, estão sumindo de regiões em que antes era comum encontrá-los. E uma nova pesquisa publicada na revista científica Science mostra que as mudanças climáticas podem ser o principal vilão dessa história. 

No estudo, os cientistas compararam o aumento dos termômetros com a concentração de 66 espécies de abelhas na Europa e América do Norte. Eles concluíram que, em regiões que ficaram mais quentes com o passar dos anos ou sofreram mudanças extremas de temperatura, as abelhas estavam em menor número.

O impacto maior parece estar na América do Norte: as chances de observar abelhas por lá diminuíram pela metade quando comparadas a anos anteriores a 1974. Em Ontário, no Canadá, por exemplo, era comum encontrar abelhas enferrujadas (Bombus affinis) pelos parques. Hoje, não sobrou uma para contar história. Apesar do impacto na Europa ser menor, ele também surpreende. A concentração de abelhas do velho continente, segundo estimativas, diminuiu 17% desde o início do século 20.

Há algumas ideias do por quê as abelhas estão sumindo. Acredita-se que esses insetos estão sendo obrigados a tolerar temperaturas a qual não eram submetidos antes. Ou sejam, não estão adaptados. Então, estão realmente morrendo ou migrando para locais mais amenos. 

Os zangões (machos das diversas espécies de abelha), costumam ser mais adequados para o clima frio. Tudo porque seu corpo gera calor durante o voo. Com as altas temperaturas, um fenômeno que pode estar em curso é o superaquecimento das abelhas. E mesmo que eles não estejam sendo diretamente atingidos, os notáveis efeitos na flora e vegetação pode estar contribuindo para que os polinizadores morram de fome. 

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Pode parecer exagero, a extinção das abelhas pode colapsar a humanidade. Ou, pelo menos, causar efeitos ambientais severos – sem falar nos danos econômicos. Graças às abelhas e outros insetos, as plantas conseguem se reproduzir e, consequentemente, servir de alimento para outros seres vivos. 

Claro que as mudanças climáticas não são o único problema relacionado a extinção. O uso de pesticidas, a destruição de seus habitats e a conversão de florestas em plantações também contribuem. No entanto, fica cada vez mais difícil negar que as mudanças climáticas existem e impactam a biodiversidade do planeta.

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