A notícia parece óbvia, mas o hábito não é. Quem nunca se arrastou para o escritório com febre e dor de garganta só para fazer média com o chefe ou para não ter o dia descontado do salário? Pois cientistas concluíram que ir trabalhar doente é uma das piores coisas que existem contra o controle de epidemias.
O estudo, do National Bureau of Economic Research, dos EUA, analisou cidades nas quais os trabalhadores têm a possibilidade de ficar em casa recebendo o salário mesmo doentes, e as comparou com cidades onde a falta remunerada não existe (coisa comum por lá). Os pesquisadores concluíram que, em municípios onde a licença paga existia, havia cerca de 100 casos a menos de gripe por semana para cada 100 mil habitantes. Isso correspondeu a uma queda de 6% de casos da doença entre a população geral.
Os cientistas acreditam que a diminuição tem a ver com a contaminação e a recontaminação dentro dos ambientes de trabalho – que ficam impossibilitadas. A pesquisa termina com um incentivo para folgas remuneradas em caso de doença
Os dados foram tirados do Google Flu Data entre 2013 e 2015, um projeto do Google que analisava o alcance de doenças como a gripe e a dengue com base nas pesquisas do Google.