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Nasa move astronautas para investigar vazamento de ar na ISS

Tripulantes da Agência Espacial Internacional passaram o fim de semana em um módulo de pesquisa russo. Causa do vazamento ainda é desconhecida.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 27 ago 2020, 14h14 - Publicado em 24 ago 2020, 20h58

Um trio de astronautas precisou deixar as instalações da Estação Espacial Internacional (ISS) e se abrigar num compartimento de pesquisa russo, anexo à estação, na última sexta-feira (21). A mudança temporária, que terminou na manhã desta segunda-feira (24), aconteceu por um motivo inusitado: um vazamento anormal de ar, de origem desconhecida, estava alterando a pressão interna da ISS.

Enquanto viajam à bordo da ISS pela órbita da Terra, astronautas vivem em um ambiente totalmente pressurizado, que garante o conforto da tripulação. É normal, no entanto, que uma pequena parte do ar que circula por ali acabe escapando. Por isso, a estação conta com tanques de nitrogênio, que garantem a repressurização do ambiente, se necessário.

O problema é que, ainda em setembro de 2019, observou-se os primeiros sinais de que esse fluxo de ar eliminado pela ISS era maior que o normal – o que aumentou nos últimos dias. Segundo um comunicado da Nasa, o vazamento não representava uma ameaça imediata aos astronautas. Por via das dúvidas, a solução foi levar o comandante Chris Cassidy, da Nasa, e seus colegas Ivan Vagner e Anatoly Ivanishin, astronautas da Roscosmos (a agência espacial russa), que estão na ISS desde abril, para um “puxadinho” espacial.

O tal “puxadinho” usado como refúgio é nada menos que o módulo de serviço russo Zveda. Você pode ter uma ideia das instalações provisórias na imagem abaixo, divulgada por Ivan Vagner em sua página no Instagram.

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Изоляция в квадрате. Находясь уже 4,5 месяца в космической изоляции на Международной космической станции, мы всем экипажем изолировались на 3 дня в двух модулях российского сегмента. Причиной тому послужила слабая утечка атмосферы из объема станции. Нет поводов для беспокойств! Утечка не сильно превышает допустимые требования и компенсируется станционными средствами регенерации и доставляемым грузовыми кораблями газом. Зачем мы изолировались? Чтобы найти модуль, в котором эта утечка. В четверг мы закрыли люки в модулях «Рассвет» и «Пирс». В пятницу @astro_seal закрыл все люки на американском сегменте, потом перешел к нам, и мы закрыли люк в «Заре», оставшись в объеме модулей «Звезда» с кораблем «Прогресс МС-14» и «Поиск» с кораблем «Союз МС-16». Таким образом изолировали по атмосфере все модули станции и контролируем по мановакуметрам, а Земля по телеметрии давление в модулях. К изоляции мы перевели систему регенерации кислорода в более производительный режим, взяли и установили дополнительные поглотительные патроны углекислого газа, перенесли все ненужное в другие модули, взяли необходимое количество воды, еды и гигиенических средств, оборудовали зону умывания в грузовом корабле, подготовили для Криса место «ночевки» в «Поиске». Крис растянул спальный мешок как гамак, получилось очень даже неплохо 🙂 Чувствуем себя отлично! Мы обеспечены всем необходимым, и даже можем выполнять физические тренировки и эксперименты по наблюдению Земли. #союзмс16 #soyuzms16 #мкс63 #iss63 #мкс #iss

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“Isolamento ao quadrado”, brincou o astronauta, no início do post. “Transferimos tudo o que não fosse necessário para outros módulos, trouxemos a quantidade adequada de água, alimentos e produtos de higiene”, complementou.

Na ausência da tripulação, os controladores da missão puderam monitorar, da Terra, os níveis de pressão em cada um dos módulos, para encontrar a origem do vazamento. Os resultados dos testes devem ser divulgados até o final da próxima semana.

Não é a primeira vez que um vazamento anormal de ar na ISS preocupa a comunidade científica. Em 2018, a espaçonave russa Soyuz MS-09, que estava acoplada à estação durante uma visita, enfrentou o mesmo problema. A causa foi uma pequena perfuração – cuja origem jamais foi explicada. À época, cogitou-se, inclusive, que o furinho tinha sido fruto de uma sabotagem. Nada comprovado.

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