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Nasa vai lançar “pipa espacial” movida a energia solar

A nova invenção da NASA é esse losango com o tamanho com tamanho de um ônibus, que se movimenta à quase 30 quilômetros por segundo

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h05 - Publicado em 5 fev 2016, 17h15

Se a partir de agora, quando estiver lendo sobre o espaço, você se deparar com a imagem de um grande losango prateado flutuando pelo infinito, não se assuste. Na verdade, é melhor você até se acostumar: essa gigantesca pipa espacial é o Near-Earth Asteroid Scout (Observador de Asteroides Próximos à Terra, em português), ou simplesmente NEA Scout, e pode ser o futuro da astronomia.

O NEA, diferentemente dos satélites que existem atualmente no espaço, não utiliza baterias de Ion para ativar sua propulsão. O novo sistema se utiliza dos chamados “ventos solares”. Acontece que o Sol bombardeia tudo que existe à sua volta com fótons, e o corpo do NEA – feito de plástico com revestimento de alumínio – consegue reagir à essas partículas da mesma forma que uma pipa comum reage ao vento. Na prática, isso significa que enquanto houver sol no sistema solar, o NEA se movimenta, enquanto as propulsões iônicas vão ficando mais lentas conforme queimam sua carga.

A invenção é gigantesca, tem aproximadamente o tamanho de um ônibus, é fino como um fio de cabelo, isso ligado às suas propriedades faz com que ela seja extremamente veloz no espaço. O NEA voa em uma velocidade de 28,6 quilômetros por segundo. Só para efeito de comparação, o Voyager I, módulo explorador da NASA, levou 38 anos para chegar nos limites do sistema solar, enquanto o NEA faria o mesmo percurso em 20 anos. “No futuro, essas velas solares poderão levar espaçonaves as regiões mais distantes do Sistema solar, mais rápido do que nunca”, afirmou ao site da NASA Les Johnson, diretor de pesquisas do NEA.

E a primeira missão da invenção já está definida. Ele será enviado ao espaço em 2018, junto com outros 13 satélites, e terá que chegar em um asteroide chamado 1991 VG. O NEA conseguirá reconhecer informações do asteroide como composição, tamanho e movimento, assim a NASA consegue mais dados para um dia conseguir mandar seres humanos para o corpo celeste. 

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