Um detector ultra-sensível de calor ajudou o time do engenheiro James Spicer, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a avaliar a eficiência com que as bicicletas transformam pedaladas em movimento. O aparelho “fotografou” o aquecimento da catraca, aquela roda dentada junto aos pedais, devido ao seu atrito com os dentes da corrente. A temperatura revelou a energia desperdiçada na fricção. A conclusão é que apenas 1,4% da força feita pelo ciclista não era aproveitada para empurrar a bicicleta. Em outras palavras, a cada 100 voltas do pedal, menos de duas deixam de girar as rodas. Os cientistas esperam melhorar a eficiência das bicicletas e de outros aparelhos que usam correntes. Uma idéia é que catracas maiores perdem menos energia na forma de calor. Isso é novidade. Não se trata só de aumentar a catraca para mudar a velocidade da bicicleta
Para fazer bicicletas melhores
Um estudo mostra como reduzir o atrito da corrente.
Numa catraca grande, o dente encosta na corrente quase na vertical, num ângulo fechado. Assim não esfrega muito nos elos, não cria calor roubando energia da pedalada.
Se a catraca é pequena, o dente pega na corrente mais na horizontal. Raspa com mais força e desperdiça o esforço do ciclista. Cada pedalada empurra um pouco menos a bicicleta.