Se os cientistas não garantissem, ia ser difícil acreditar.
A verdade é que em bandos de lagostins existem chefões e subordinados, e os neurônios deles não funcionam da mesma maneira. Pior ainda – se um bicho da turma dos humildes luta com um dos poderosos e vence, em curto prazo o cérebro dos dois se adapta à nova situação.
A mudança tem a ver com uma molécula chamada receptora de serotonina, que transporta mensagens químicas entre os neurônios. Acontece que certos lagostins têm uma receptora de serotonina predominante e outros possuem outra bem diferente. A primeira faz com que os dominadores sejam mais atrevidos, pulando primeiro sobre a comida e acasalando com as fêmeas mais cobiçadas. Mas, se um desses perde um desafio, seu cérebro começa a produzir a outra molécula e o bicho fica dócil. “Ele passa para a categoria dos dominados”, explicou à SUPER Donald Edwards, um dos autores do estudo, junto com Joannes Drummond. Os dois são biólogos americanos da Universidade da Geórgia, Estados Unidos.