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O cuspe vai curar doenças

Com menos de US$ 1 000, já é possível encomendar uma análise genética pela Internet. Mapear o DNA pode ajudar a prevenir doenças

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 26 fev 2011, 22h00

Texto Maria Eduarda Leite

Você cospe em um frasco ou raspa uma espátula na parte interna da bochecha, manda pelo correio e pronto. Em alguns dias, chega a sua casa um mapa simplificado do seu DNA, com a análise do risco que você corre a respeito de mais de uma centena de doenças, como câncer de mama, artrite reumatoide e glaucoma. Além disso, você ganha uma espécie de árvore genealógica genética, que compara seus genes com o de seus antepassados e determina sua linhagem evolutiva. Esse tipo de mapa do DNA já está disponível por cerca de US$ 1 000 – ou até menos. Mesmo o sequenciamento completo, que ainda é um item de luxo, deve se tornar cada vez mais barato. E isso vai tornar o mapeamento do genoma tão comum quanto um exame de sangue. A razão é que, em breve, um teste desses vai ajudar muito o seu médico. Com os dados na mão, vai dar para saber que doenças você tem mais risco de desenvolver – e aí o tratamento será exclusivo, levando em conta as características e os remédios que mais funcionam para cada pessoa.

Quem pode fazer o teste?
Qualquer pessoa. Basta pagar. Por US$ 985, a deCODE, sediada na Islândia, faz o mapeamento para 42 doenças. Já a 23andMe examina 116 traços e doenças por US$ 399, enquanto a Navigenics cobra US$ 999. Mas as informações que essas empresas oferecem ainda são uma fração muito pequena do que um mapa completo mostra. A única empresa a fornecer o sequenciamento completo é a Knome, que cobra US$ 99 500 e envia o resultado em um pen drive numa luxuosa caixinha de prata. Em pesquisas, porém, a Universidade Stanford já chegou ao custo de US$ 50 mil. E o preço deve continuar despencando.

Que tipo de doenças o teste poderá detectar?
Doenças causadas por alterações nos genes. Algumas são doenças raras, mas têm altíssimo risco de repetição na família, como distrofia muscular e fibrose cística. Outras, como diabete tipo 2, alguns tipos de câncer e mal de Alzheimer, resultam de fatores genéticos e ambientais.

Em que situações vale a pena fazer o teste?
Quando já houve casos na família da doença, como alguns tipos de câncer, é recomendável fazer. Em casos que não dão certeza, o paciente pode passar a ter hábitos mais saudáveis ao descobrir que tem risco genético de ter doenças como diabetes e obesidade. O que, aliás, é indicado para qualquer pessoa, com ou sem testes de DNA.

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E em quais casos não adianta nada?
Para as doenças em que mais de um fator interfere, os números de um exame do genoma podem não ter resultados práticos, pois o índice de previsão ainda é baixo. É o caso do mal de Alzheimer. Outro fator que pesa é a existência de tratamento. De novo, o caso do Alzheimer: como ainda não existe cura, não adianta nada saber se vai ter a doença .

O avanço dos tratamentos com terapia genética pode erradicar em torno de 5 mil doenças que atingem a humanidade. A área é complexa e os progressos, lentos, mas estima-se que se chegue a esse resultado até 2024.

 

 

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